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Decisão da GM de manter Opel irrita Alemanha

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Por Redação
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A decisão da General Motors de manter sua divisão européia Opel depois de meses de negociação para vendê-la provocou irritação da Alemanha, que liderava as discussões. O líder trabalhista da Opel Klaus Franz revogou milhões de euros em cortes de custos que os trabalhadores haviam concordado, na expectativa de que a montadora fosse comprada pela fabricante canadense de autopeças Magna. O ministro da Economia da Alemanha, Rainer Bruederle, classificou o comportamento da GM como "totalmente inaceitável", enquanto Christine Lieberknecht, o premiê do Estado da Turíngia, que abriga uma fábrica da Opel, chamou a decisão de "golpe baixo". Autoridades alemãs que pediram para não serem identificadas afirmaram que a decisão surgiu como uma total surpresa para a chanceler, Angela Merkel, e seus conselheiros durante visita a Washington, onde Merkel participou de sessão conjunta no Congresso. O presidente-executivo da GM, Fritz Henderson, informou a decisão a uma delegação alemã durante a visita de Merkel em Washington com chefes do Banco Mundial e do FMI, pouco antes do retorno da chanceler a Berlim. Juergen Reinholz, ministro da Economia da Turíngia, afirmou que a GM sinalizou que vai pagar os 1,5 bilhão de euros de empréstimo-ponte concedido pela Alemanha para a Opel no final de novembro. "A decisão do conselho de diretores da GM traz clareza para a Opel/Vauxhall", afirma a Opel em breve nota publicada nesta quarta-feira. A General Motors abandonou uma aguardada venda da Opel citando melhora nas condições de negócios e importância estratégica da divisão par ao grupo. A decisão deixou em aberto como a GM vai financiar seu plano para manter e reestruturar a Opel. Uma porta-voz da GM na Europa disse no final da terça-feira que a companhia estava contando com garantias de empréstimos europeus para obter financiamentos que precisa para reestruturar a Opel.

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