A conta de transações correntes do balanço de pagamentos do Brasil com o exterior apresentou em junho um déficit de US$ 3,3 bilhões. O resultado do mês passado mostra uma melhora em relação ao saldo negativo apurado um ano antes, de US$ 5,273 bilhões.
O desempenho das transações correntes também ficou mais favorável do que o projetado pelo Banco Central no mês passado, quando a autoridade monetária estimava um déficit de US$ 4,2 bilhões no período. Além disso, o resultado de junho ficou fora do intervalo previsto por analistas consultados pelo AE Projeções, que era de -US$ 3,5 bilhões a -US$ 5 bilhões.
No acumulado do primeiro semestre de 2011, o déficit em transações correntes soma US$ 25,448 bilhões, o equivalente a 2,14% do PIB. O resultado até agora neste ano é pior que o obtido no mesmo período do ano passado, quando o déficit em transações correntes acumulado até junho estava em US$ 23,847 bilhões, ou correspondente a 2,32% do PIB.
Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o déficit em transações correntes caiu para US$ 48,965 bilhões, ou 2,18% do PIB. Em 12 meses até maio, o déficit estava em US$ 50,939 bilhões.
Lucros e dividendos
As remessas de lucros e dividendos somaram em junho US$ 4,063 bilhões, ficando praticamente estável ante igual de mês de 2010. No primeiro semestre, as remessas somaram US$ 18,768 bilhões, com crescimento de 25% sobre o resultado dos seis primeiros meses do ano passado. A despesa com juros da dívida externa foi de US$ 443 milhões, quase metade do verificado em junho do ano passado. No primeiro semestre, o gasto com juros foi de US$ 3,570 bilhões, com queda de 29% sobre o primeiro semestre de 2010.