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Desapontamento com Fed derruba bolsas dos EUA

Por RYAN VLASTELICA
Atualização:

As principais bolsas de valores dos Estados Unidos encerraram em baixa em uma sessão volátil nesta terça-feira, após o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) não sinalizar novas medidas de estímulo a fim de combater os efeitos da crise da dívida europeia. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,55 por cento, para 11.954 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,87 por cento, para 1.225 pontos, enquanto que o termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,26 por cento, para 2.579 pontos. Embora o Fed não tenha se mostrado aberto a novas medidas de afrouxamento monetário no ano que vem, assim como fez em seus últimos encontros, o banco central não deu indicações de que está mais inclinado a aprovar novos estímulos econômicos. O Fed manteve a política monetária atual e informou que a turbulência do mercado financeiro ameaça o crescimento econômico dos Estados Unidos. A instituição também argumentou que a economia norte-americana se expande em ritmo moderado, apesar de uma aparente desaceleração no crescimento global. Porém, acrescentou que as taxas de desemprego se mantêm elevadas e que a atividade no setor imobiliário segue em depressão. O Fed "fez uma análise ligeiramente melhor da economia, mas eliminou a excitação dos mercados acionários domésticos, provavelmente porque alguns esperavam que eles sinalizariam outro programa (de afrouxamento monetário)", disse um dos diretores da Per Stirling Capital Management Robert Phipps, no Texas. O mercado avançou durante a maior parte da sessão, mas ficou negativo após o pronunciamento do Fed, no final da tarde. As perdas aceleraram até o fechamento do pregão e o S&P 500 recuou brevemente para baixo de sua média móvel em 50 dias. Um fechamento abaixo de tal patamar pode sinalizar mais perdas adiante. O desapontamento com o Fed ocorreu muito perto do fim de uma sessão que se manteve em grande parte focada na Europa, principalmente após a chanceler alemã Angela Merkel rejeitar sugestões de elevar o limite do fundo de resgate da Europa. "Os desdobramentos da situação na Europa não combatem os problemas ligados à liquidez no curto-prazo, então o próximo passo é tentar resolver isso", disse o diretor de operações e derivativos da Charles Schwab, Randy Frederick.

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