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Desemprego em 7 regiões metropolitanas cai para 11,2% em maio

Segundo Dieese e Seade, foram criados 91 mil postos de trabalho

Por Renan Carreira e da Agência Estado
Atualização:

SÂO PAULO - A taxa de desemprego no conjunto das sete regiões metropolitanas onde a Fundação Seade e o Dieese realizam a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) teve ligeira queda em maio em relação a abril, passando de 11,3% para 11,2% no período.

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De acordo com a Seade e o Dieese, o nível de ocupação nas regiões apresentou ligeira alta de 0,5%, com a criação de 91 mil postos de trabalho. A PED é realizada nas regiões metropolitanas do Distrito Federal, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.

De acordo com a Seade e o Dieese, o nível de ocupação subiu em Fortaleza (1,3%), Recife (0,9%), Distrito Federal (0,6%), São Paulo (0,4%), Belo Horizonte (0,3%) e Porto Alegre (0,3%). O nível de ocupação se manteve praticamente estável em Salvador (0,1%).

Entre os setores avaliados, o nível ocupacional avançou na Construção (0,8% ou 13 mil postos de trabalho), nos Serviços (0,7% ou 80 mil postos), no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (0,4% ou 16 mil postos) e na Indústria de Transformação (0,3% ou 8 mil postos).

O rendimento médio real dos ocupados nas sete regiões teve leve queda de 0,2% em abril ante março, para R$ 1.588. A renda média real dos assalariados avançou 0,3% na mesma base de comparação, para R$ 1.635.

São Paulo

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) ficou estável em 11,4% em maio ante abril, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada há pouco pela Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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O resultado no mês passado se deveu aos avanços do nível de ocupação na Construção (1,7% ou a criação de 12 mil postos de trabalho), no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (1,0% ou 17 mil postos), nos Serviços (0,6% ou 30 mil postos) e na Indústria de Transformação (0,4% ou 6 mil postos).

O total de desempregados na RMSP em maio foi estimado em 1,235 milhão de pessoas, 5 mil a mais que em abril. A taxa de participação variou de 62,2% para 62,4% no período em análise.

Ainda de acordo com a PED, o rendimento médio real dos ocupados na RMSP em abril teve leve recuo de 0,2% em relação a março, passando para R$ 1.707. Já a renda média real dos assalariados teve alta de 0,9%, para R$ 1.738.

Rendimento médio

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O rendimento médio real dos ocupados na Região Metropolitana de São Paulo chegou ao sexto mês consecutivo de queda em abril, ao recuar 0,2%. Em outubro de 2012, o rendimento médio real na RMSP era de R$ 1.816 e em abril ficou em R$ 1.707, baixa de 6%.

Já no conjunto das sete regiões metropolitanas pesquisadas, o rendimento médio real chegou ao quinto mês consecutivo de queda em abril, também com recuo de 0,2%. Em novembro de 2012, o rendimento médio real era de R$ 1.642 e em abril ficou em R$ 1.588, baixa de 3,3%. A pesquisa é feita nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo e o Distrito Federal.

O coordenador de análise da Fundação Seade, Alexandre Loloian, e a economista Ana Maria Belavenuto, técnica do Dieese, disseram que essas quedas provavelmente se devem à alta da inflação e a um mercado de trabalho mais fraco.

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Ambos também concordam que todos os setores devem apresentar números melhores daqui para frente. "Se nada piorar, não tem por que não subir", disse Loloian, referindo-se à RMSP. Ana Maria afirmou que deve haver recuperação nos próximos meses, "mas observo um mercado de trabalho mais tímido neste começo de ano (no conjunto das sete regiões)".

Loloian destacou que o nível de ocupação na RMSP deu um bom sinal. Na passagem de abril para maio, a variação foi de alta de 0,4%, depois de apresentar cinco meses seguidos de baixa. Ele chamou a atenção para o número de ocupados na indústria de transformação, que parou de cair. Em janeiro, o total de ocupados era de 1,745 milhão, em fevereiro de 1,678 milhão, em março de 1,624 milhão e em abril de 1,549 milhão. Em maio, porém, o número voltou a subir, para 1,555 milhão.

No conjunto das sete regiões, o nível de ocupação apresentou ligeiro aumento de 0,5% na passagem de abril para maio. Ana Maria destacou a alta no setor de construção, de 0,8%.

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