Em ano de eleições, os gastos do governo em 2010 tiveram forte expansão. As despesas do governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e INSS, apresentaram no ano passado uma expansão de 22,4%. No ano anterior, em 2009, o crescimento das despesas foi mais moderado, com alta de 14,9% em relação a 2008.
As despesas com Programa de Aceleração do Crescimento somaram R$ 22,08 bilhões no ano passado, um aumento de 23% em relação a 2009, quando acumularam R$ 17,935 bilhões. As despesas com o PAC são a margem que o governo tem para abater da meta de superávit primário, no caso de o governo não conseguir seu objetivo.
O forte crescimento das despesas no ano passados ocorreu sobre uma base já elevada de 2009, quando o governo adotou uma política anticíclica de estímulo econômico, que incluía a elevação dos gastos, para enfrentar o impacto da crise financeira internacional. O crescimento das despesas totais ocorreu também no cenário de queda dos gastos com pessoal, que no passado tiveram uma alta de 9,8%, enquanto no ano anterior foi de 14,9%.
O governo também aumentou em 2010 as despesas com investimento, que fecharam o ano com alta de 38%, totalizando R$ 47,1 bilhões.
(Texto corrigido às 11h14)