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Dimarzio: Brasil tem potencial para aumentar área cultivável

Por Agencia Estado
Atualização:

Rio, 27 - O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Amauri Dimarzio, considerou que o Brasil tem um grande potencial de crescimento de área cultivável que nenhum outro país do mundo possui. Durante o 6º Congresso de Agribusiness, que se encerra hoje no centro de convenções do Riocentro, no Rio de Janeiro, ele destacou que as perspectivas futuras do Brasil para crescimento de área cultivável são muito positivas. Atualmente, o Brasil possui em torno de 57 milhões de hectares de área cultivável. "Podemos crescer e muito este número, sem tocar na Floresta Amazônica", ressaltou. Ele observou que os outros países não tem esta vantagem. Dimarzio citou a China, que tem, segundo ele, "um terço de seu território em montanhas; um terço em desertos; e um terço de área cultivável, apenas", o que seria uma limitação para o crescimento da área daquele país. Ainda de acordo com o secretário-executivo, os Estados Unidos estariam chegando ao seu limite de área cultivável, em torno de 270 milhões a 280 milhões de área cultivável. Para ele, se o Brasil efetuar um planejamento eficiente, olhando as suas vantagens competitivas em relação aos outros países, pode se tornar o maior exportador e importador de alimentos do mundo. Ele considerou ainda que esta não é só a sua opinião: segundo ele, um estudo das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre o tema também destaca o potencial de área cultivável do Brasil, e que pode se tornar decisivo na produção de alimentos mundial no futuro. Dimarzio informou que o ministério tem consciência disso e este é um dos motivos pelos quais o órgão está implementado de 17 a 18 câmaras setoriais de cadeias produtivas. "A nossa idéia é de que cada Estado tenha uma estrutura (de cadeia produtiva) funcionando em consonância com outros Estados", disse. No evento, ele informou ainda que, entre os próximos desafios que a agricultura enfrentará nos próximos anos será o combate da ferrugem asiática, que prejudica a produção da soja brasileira; e o debate sobre qual será o papel da biotecnologia na produção agrícola brasileira. (Alessandra Saraiva)

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