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Dinheiro da venda da Fibria não será usado para pagar o Tesouro, diz BNDES

Segundo o presidente do banco de fomento, o interesse do banco é destinar esses recursos a empresas inovadoras, sem direcionamento a um setor específico

Foto do author Eduardo Laguna
Por Eduardo Laguna (Broadcast) e Fabiana Holtz
Atualização:

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, disse hoje que a venda da Fibria libera, pelo menos, R$ 5 bilhões a serem direcionados pelo banco de fomento a start-ups. Rabello também deixou claro que o montante não será utilizado na devolução ao Tesouro Nacional. 

Segundo ele, o interesse do banco é destinar esses recursos, em especial, a empresas inovadoras, sem direcionamento a um setor específico. O governo federal espera reaver R$ 180 bilhões do BNDES, sendo R$ 130 bilhões em 2018. A devolução antecipada de recursos, que já está demandada do BNDES, será honrada, garante Rabello. 

Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES Foto: Fábio Motta/Estadão

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Rabello afirmou que o BNDES tem caixa para fazer o aporte da negociação antes mesmo que os recursos da venda da Fibria a Suzano cheguem ao banco, o que depende da aprovação do negócio por órgãos antitruste.

A BNDESPar, braço de participações do BNDES, levou R$ 8,5 bilhões na venda da Fibria, mas manterá uma participação de 11,1% na companhia resultante da combinação com a Suzano.

"Essa operação nos habilita a ter pelo menos R$ 5 bilhões alocados a start-ups que estão na rua e o BNDES vai buscar. O BNDES quer saber quais são os futuros campeões do Brasil", comentou Rabello.

Ele afirmou que, após entrar na indústria de papel e celulose para fomentar o setor, e, depois disso, protegê-lo na crise financeira internacional de 2008, a BNDESPar avaliou que não havia mais necessidade em permanecer na Fibria, a não ser como investidor.

"Vendemos uma parte e temos 11,1% recomprado na nova companhia, junto com direito de voto, porque acreditamos no negócio, mas agora com outra configuração", comentou o executivo.

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