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Dona da TIM escolhe sucessor, mas clima de briga continua

Ex-chefe do grupo de telecomunicações Wind e atual interventor estatal da companhia aérea Alitalia, Luigi Gubitosi entra após a saída de Amos Genish, inesperadamente demitido na semana passada

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Por Redação
Atualização:

A nomeação de Luigi Gubitosi como presidente da Telecom Itália, dona da operadora brasileira TIM, colaborou para uma alta de 4% nos papéis da companhia na segunda-feira, 19, com os investidores apostando que o veterano executivo italiano poderá promover uma agressiva correção de rota no maior grupo de telefonia da Itália.

No entanto, a mudança não colocou fim à disputa na Telecom Itália entre o investidor ativista Elliott e o grupo de mídia francês Vivendi, que continua sendo o maior acionista e votou contra a escolha de Gubitosi, que sucedeu Amos Genish, ex-presidente da Vivo e da GVT no Brasil.

Amos Genish fundou a operadora GVTem 2016. 

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Ex-chefe do grupo de telecomunicações Wind e atual interventor estatal da companhia aérea Alitalia, Gubitosi entra após a saída intempestiva de Genish, inesperadamente demitido na terça-feira passada por causa de desentendimentos com o conselho de administração em pontos estratégicos.

“A saída de Genish e a nomeação de Gubitosi acrescentam apelo especulativo e elevam também as incertezas estratégicas e de governança”, disse a consultoria Banca Akros, em nota. Gubitosi foi nomeado para o conselho da Telecom Itália em maio, após o Elliott tomar o controle do colegiado, que antes estava nas mãos da Vivendi.

Espera-se que o executivo tente implementar a agenda ativista proposta pelo Elliott, que incluiu o desmembramento da infraestrutura de rede da Telecom Itália e sua fusão com a Open Fiber, sua rival de menor porte na área de banda larga, e a venda de ativos.

Disputa

No entanto, Genish, que estava seguindo um plano de recuperação de três anos, continua no conselho e está determinado a não desistir do mais alto cargo na dona da TIM sem lutar. Ele disse no domingo que procuraria convocar uma reunião de acionistas para que os investidores decidam sobre a drástica mudança de estratégia da companhia.

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