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Dutra acha 'normal' indicação política para Petrobras

Por Nicola Pamplona e Kelly Lima
Atualização:

Em seu discurso de posse na presidência da BR, José Eduardo Dutra afirmou que indicações políticas para cargos na Petrobras são normais. "Desde que a Petrobras existe, todos os presidentes têm respaldo do governo. E isso não vai mudar", disse, em rápida entrevista concedida após receber os cumprimentos dos presentes. "Mas o que importa é se o nomeado tem capacidade técnica", afirmou, dizendo que se sente capacitado a trabalhar na presidência da BR Distribuidora. A opinião foi respaldada pelo presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, que, em seu discurso, listou uma série de realizações de Dutra entre 2003 e 2005, período em que este comandou a estatal - como a política agressiva de compras de áreas exploratórias, o retorno à petroquímica e a entrada no mercado de gás de cozinha com a compra da Liquigás. "Quando chegamos à Petrobras houve um furor tanto em relação ao sindicalista, ex-senador como presidente da companhia, quanto em relação a um professor universitário maluco que era só acadêmico como diretor-financeiro. Mas mostramos que a empresa tem uma dinâmica importante, que tem perspectiva para crescer", afirmou Gabrielli, referindo-se a Dutra e a si mesmo, respectivamente. Em seu discurso, Dutra classificou tais comentários como "discriminatórios". Questionado se aceitaria uma indicação sem experiência técnica para compor sua diretoria na BR, Dutra respondeu que "isso nunca vai acontecer". O cargo de diretor-financeiro está vago e será ocupado interinamente pelo próprio presidente da companhia.

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