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Economia deve crescer em média 5% até 2014, diz Miriam Belchior

Segundo a ministra, o Programa de Aceleração do Crescimento será um dos fatores que garantirá essa expansão 

Por Ricardo Leopoldo e da Agência Estado
Atualização:

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ressaltou nesta segunda-feira, 19, que o governo trabalha com uma projeção média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% de 2011 a 2014. Segundo ela, um dos fatores que vão garantir essa expansão da economia nos próximos anos serão os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).Em palestra para empresários em São Paulo, a ministra destacou que os investimentos do PAC 1 alcançaram R$ 657 bilhões até 2010, sendo que 82% das obras foram concluídas até o ano passado. "Para o PAC 2, estão previstos R$ 955 bilhões até 2014. Deste total, 74% das obras serão concluídas até 2014 e os outros 26% devem terminar após 2014, como no caso de Belo Monte", disse Miriam.Segundo a ministra, um dos principais desafios do PAC 2 é ter mão de obra qualificada para atender todos os projetos. "Precisamos de mais trabalhadores qualificados no País. Muitos engenheiros que estavam atuando em outras funções agora passam a voltar para o mercado", acrescentou. A ministra do Planejamento afirmou que os investimentos no programa Minha Casa, Minha Vida 2 devem atingir R$ 126 bilhões até o final de 2014, recursos que devem construir dois milhões de moradias. "96% das casas do Minha Casa, Minha Vida estão em obras", disse, sendo que do universo total, 30% já foram concluídas.

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Indústria nacional

Miriam Belchior reforçou os comentários da cúpula do governo segundo os quais o Poder Executivo vai defender o setor manufatureiro em meio à acirrada competição de produtos do gênero fabricados no exterior, o que em vários casos provoca uma concorrência predatória, como frisou a presidente Dilma Rousseff. "Vamos defender a indústria nacional. O governo não abre mão disso", frisou.

De acordo com a ministra, a alta de 30 pontos porcentuais do IPI para montadoras de automóveis que não atendem certos critérios, como 65% da produção ser feita no Brasil, deve levar as empresas que ainda não têm fábricas no País a desenvolverem plantas novas. "As companhias podem adaptar planos para produzir carros e autopeças aqui", comentou.

Segundo a ministra, as empresas do setor automobilístico que terão o desconto do aumento do imposto que foi elevado na semana passada se prontificaram a continuar produzindo no Brasil veículos de alta qualidade de segurança e de tecnologia.

Para a ministra, o governo vai analisar os efeitos da medida ao longo do seu prazo de vigência, que será encerrado em dezembro de 2012. "Depois que esse prazo acabar poderemos refletir e podemos adotar mudanças. Mas antes disso não", destacou, em conversa com jornalistas.

Miriam Belchior rebateu comentário de um empresário, segundo o qual a proposta do setor automotivo do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, era diferente da anunciada há menos de uma semana. "A medida do IPI é a posição do governo", ressaltou, indicando que não ocorreram divergências entre os ministros Pimentel e Guido Mantega, da Fazenda.

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