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EDP, Renner, Telefônica, CPFL e Natura lideram ranking de sustentabilidade da B3 em 2021

Nas cinco posições seguintes, aparecem as empresas Klabin, Itaú Unibanco, Ambipar, Suzano e Engie Brasil; levantamento é feito com base em questionários, sem auditorias

Por Luisa Laval e Lucas Agrela
Atualização:

A B3, a Bolsa brasileira, divulgou ontem seu ranking do ISE, um índice de sustentabilidade das companhias listadas. A lista é válida para os anos de 2021 e 2022, com a holding do setor elétrico EDP Brasil na liderança – foi a única empresa com nota acima de 90 em uma escala que vai até 100 pontos. 

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Logo em seguida, vêm a varejista Lojas Renner, a operadora Telefônica Brasil, a CPFL Energia e companhia de cosméticos Natura&Co – todas com notas acima de 80. Nas cinco posições seguintes aparecem as empresas Klabin (papel e celulose), Itaú Unibanco, Ambipar (serviços ambientais), Suzano (papel e celulose) e Engie Brasil de energia.

A Bolsa havia anunciado, no ano passado, novas regras para o ranking, dentro de tendência de pressão cada vez maior de investidores para que as companhias adotem ações ESG (sigla em inglês para critérios ambientais, sociais e de governança) em seu dia a dia.  A pontuação definida pela B3 leva em conta características das empresas como capital humano, governança corporativa, modelo de negócios e inovação, capital social, meio ambiente e CDP (programa de transparência em emissões de carbono). 

Parque de energia solar da EDP, empresa que lidera ranking de sustentabilidade da B3 em 2021/22 Foto: EDP Renováveis

No top 10, o indicador mais fraco foi o de capital humano. Esse item, que leva em conta práticas trabalhistas, teve nota geral de 68,74 pontos. Já o melhor desempenho foi registrado no critério de meio ambiente, com 96,57 pontos.

Segundo a B3, as empresas apresentaram documentos para subsidiar os questionários. No entanto, não foi realizada qualquer auditoria a partir das informações enviadas. Além da pontuação em si, uma avaliação qualitativa das respostas também ajuda a compor a nota, segundo a Bolsa. 

À FRENTE

No mercado nacional há mais de 20 anos, EDP Brasil é parte do grupo europeu Energias de Portugal. A empresa assumiu um compromisso público de, até 2032, reduzir em 85% suas emissões de carbono em relação a 2017.  “Hoje, existem investidores que exigem boas práticas de ESG. O que antes era um pormenor passou a ser algo desejável e, agora, é prioridade. Por isso, tomamos atitudes práticas”, afirmou ao [BOLD]Estadão[/BOLD] o presidente da EDP no Brasil, João Marques da Cruz. 

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No ranking da B3, no quesito capital humano, a EDP teve como sua pior nota 33,33 no item chamado “redução das desigualdades”. Para melhorar esse indicador, a companhia tem como meta garantir, ao menos, 20% de mulheres em posições de liderança até o fim deste ano, bem como preencher metade das novas vagas de emprego com pessoas de grupos hoje sub-representados. 

Ranking

  1. EDP Brasil - 90,25 pontos 
  2. Lojas Renner - 85,13 pontos
  3. Telefônica Brasil  - 84,09 pontos
  4. CPFL Energia - 81,99 pontos
  5. Natura&Co - 80,89 pontos
  6. Klabin - 80,81 pontos
  7. Itaú Unibanco -  79,90 pontos
  8. Ambipar - 79,04 pontos
  9. Suzano - 78,79 pontos
  10. Engie Brasil - 78,22 pontos

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