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EDP Renováveis Brasil quer incentivo do governo para se expandir

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Por Redação
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A expansão da geração da energia eólica na matriz energética brasileira está bem encaminhada, mas necessita de novos incentivos para ganhar mais espaço, de acordo com o presidente da EDP Renováveis Brasil, Miguel Setas. Segundo o executivo, a EDP Renováveis Brasil já tem uma capacidade instalada no mundo de 5 mil megawatts, o que a coloca como a quarta maior empresa do segmento eólico. Para reivindicar incentivos ao governo brasileiro Setas usa como parâmetro o modelo alemão, onde há mais de 50 modalidades de incentivo ao setor eólico. O executivo frisou que os apoios vão desde o incentivo tributário/fiscal até o estímulo à criação de uma indústria fornecedora de máquinas, equipamentos e serviços, além de apoio a pesquisa e desenvolvimento. "Nossa aposta no mercado brasileiro é de longo prazo e não se esgota no leilão de novembro, mas tem que haver vida para além desse leilão", destacou Setas, ao se referir ao primeiro leilão de energia eólica que será realizado pelo governo brasileiro em novembro deste ano. "Os demais países tiveram um desenvolvimento mais avançado e o Brasil pode ter uma importância maior a partir de uma arquitetura a definir", acrescentou. A EDP Renováveis Brasil cadastrou sete empreendimentos para o leilão de novembro, cuja capacidade total de geração é de 234 megawatts de energia. Os parques estão localizados no Espírito Santo (6) e no Rio Grande do Sul. "São dois mercados que não estão afetados por movimentos especulativos, como no Nordeste, e tem segurança fundiária maior", explicou Setas. A meta da empresa é expandir a produção total até 2012 para 28 mil megawatts, e a previsão é que o Brasil tenha um papel relevante nessa expansão. "Olhamos para o Brasil com atenção e carinho", disse ele a jornalistas. "Queremos incluir o Brasil no 'top ten' da energia eólica", acrescentou. A carteira da EDP tem projetos eólicos que somam 800 megawatts de energia no Brasil que podem ser implantados nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A empresa ainda tem uma posição pequena no país. No ano passado, a EDP comprou uma unidade de 14 MW, em Santa Catarina, e esse ano outra unidade no Rio Grande do Sul, de 532 megawatts. As aquisições de Cenaeel e Elebrás somam 60 milhões de reais, informou. " Nossa maior posição depende das condições de incentivo", cobrou. A EDP está no Brasil há 12 anos e tem ainda 17 usinas hídricas, além 2 eólicas. (Por Rodrigo Viga Gaier)

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