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Eleição nos EUA impulsiona vendas da gaúcha Taurus

Por AE
Atualização:

Nos últimos cinco anos, a fabricante gaúcha de armas Taurus cresceu, em média, 8% ao ano em seu principal mercado - a América do Norte, onde se concentram 55% de suas vendas. No primeiro semestre deste ano, no entanto, o ritmo de expansão dobrou, atingindo 16,5%. Tudo graças à eleição presidencial e à ?ameaça? de reeleição de Barack Obama, que aparece tecnicamente empatado com o republicano Mitt Romney nas pesquisas.Explica-se: todas as vezes que a eleição se aproxima, o cidadão americano aficionado em armas prefere se prevenir de uma possível restrição ao porte de armas a ser promovida por uma eventual nova administração democrata. ?As vendas sobem muito?, disse a diretora de relações com investidores da Taurus, Doris Wilhelm. A empresa gaúcha, que chegou ao país em 1983, onde mantém uma fábrica na Flórida, detém hoje 20% do mercado americano de armas para pessoas físicas. Seus produtos estão à venda até na rede varejista Walmart.A Taurus faturou R$ 618 milhões no ano passado - desse total, cerca de 75% vêm da venda de armamentos. O restante tem origem no setor de metalurgia e plástico, no qual se destacam as vendas de capacetes para motociclistas. Para este ano, o objetivo da companhia é crescer 13%, chegando à receita de R$ 700 milhões - meta que pretende atingir, em boa parte, graças à maior disposição do consumidor americano de buscar novidades em armas. O interesse vai da proteção pessoal às coleções, passando também pela caça.Brasil - O Brasil é o segundo mercado da Taurus. Concentra duas fábricas de armamentos - uma em Porto Alegre e outra em São Leopoldo (RS) - e responde por 41% das vendas (os 4% restantes vêm das exportações para um total de 70 países). Por aqui, no entanto, o posicionamento de mercado é bem diferente do americano. ?É bem mais complicado conseguir o porte pessoal de armas no Brasil?, disse Doris. ?Além disso, a nossa cultura é diferente, não vemos o porte de armas como um direito essencial, como os americanos veem.? As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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