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Furnas aprova aporte em hidrelétrica e reduz risco de cancelamento de privatização da Eletrobras

Maioria dos credores de Furnas deu aval para conduzir um aporte de R$ 1,58 bilhão em Madeira Energia (Mesa), dona da Usina Santo Antônio

Foto do author Cynthia Decloedt
Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:

A elétrica Furnas obteve aval da maioria dos credores debenturistas para conduzir um aporte de R$ 1,58 bilhão na Madeira Energia (Mesa), evitando a suspensão do processo de privatização da Eletrobras, cuja precificação está marcada para a quinta-feira, 9. 

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A oferta de ações da Eletrobras pode chegar a R$ 35 bilhões, mas dependia desse aporte. A Mesa é a empresa que controla a Usina Hidrelétrica Santo Antônio, que tem a concessão para operação da hidrelétrica. Com o aporte, feito por meio de um aumento de capital, Furnas passará a deter 72,4% de participação na companhia, ante 43,06% anteriores.

O Estadão/Broadcast apurou que o aporte foi realizado para evitar a aceleração de cobrança de dívidas da Hidrelétrica de Santo Antônio e a execução de garantias dadas pela Eletrobras, de mais de R$ 8 bilhões.

Sede da Eletrobras;Justiça autorizourealização daAssembleia Geral de Debenturistas de Furnas Foto: Brendan McDermid/Reuters

Conforme apurou o Estadão/Broadcast, a assembleia foi instalada em segunda chamada com um quórum de 50,75% e a permissão para que Furnas realize o aporte por 46,73%. No fim de semana, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, acatou tutela provisória de urgência pedindo a suspensão da assembleia dos debenturistas.

O pedido foi feito pela Associação dos Empregados de Furnas (Asef), em ação que apontava supostas irregularidades cometidas pela companhia. Entre elas estariam a quebra de contrato de debêntures e a violação de regras sobre prazos. Nesta manhã, no entanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro cassou a liminar que impedia a Assembleia Geral de Debenturistas de Furnas.

As debêntures foram emitidas em 2019, num montante total de R$ 1,25 bilhão, em duas séries: a primeira de R$ 450 milhões e a segunda de R$ 800 milhões.  O Bradesco é detentor de 100% da primeira série das debêntures e de pouco mais de 20% da segunda série, que foi emitida com base na Lei 12.431, de debêntures de infraestrutura, com isenção fiscal. 

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