
14 de maio de 2014 | 14h09
Carvalho Neto confirmou que as distribuidoras do grupo Eletrobras ainda têm "resquícios" de exposição ao mercado de curto prazo de energia, mesmo após o leilão emergencial de eletricidade realizado no fim de abril. "Cerca de 85% da nossa necessidade foi coberta pelo leilão, mas ainda sobraram 15% de exposição", afirmou. Por isso, o executivo disse achar que o empréstimo de R$ 11,2 bilhões tomado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) não será suficiente para cobrir a necessidade financeira do setor de distribuição até o fim deste ano. "Ainda precisamos saber como será o período hidrológico dos próximos meses, mas acredito os recursos já contratados não serão suficientes" acrescentou.
Concessões
O executivo disse ainda que, apesar dos prejuízos bilionários registrados pela estatal nos últimos dois anos, a renovação antecipada das concessões de geração e transmissão foi vantajosa para a empresa. Para ele, se a Eletrobras não optasse pela renovação dos contratos no fim de 2012, ela teria que disputar novas licitações por esses mesmos ativos a partir de 2015 com preços até mesmo inferiores aos obtidos após a prorrogação das concessões.
"A renovação antecipada de concessões é vantajosa mesmo com prejuízos de 2012 e 2013. A maior vantagem é não precisarmos disputar novas licitações por esses ativos em 2015. Nosso plano de investimentos para as próximas décadas ocorrerá sem disputas", afirmou.
Em 2012, a Eletrobras registrou um prejuízo de R$ 6,9 bilhões, influenciado pela atualização contábil da indenização pelo ativos das não amortizados das concessões renovadas, que foi menor que a esperada pela empresa. Já com as tarifas de geração e transmissão reduzidas, o prejuízo da empresa em 2013 foi de R$ 6,2 bilhões. "Esperamos reverter esse quadro em breve, total ou parcialmente", completou Carvalho Neto.
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