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Eletrobrás domina leilão de linhas duas semanas após apagão

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Por Redação
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Pouco mais de duas semanas após o apagão que deixou 18 Estados sem energia, as estatais do grupo Eletrobrás foram às compras e dominaram o leilão de linhas de transmissão realizado nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Furnas e Chesf, subsidiárias da Eletrobrás, arremataram sozinhas ou em consórcio seis dos oito lotes de 11 linhas de transmissão. Os outros dois lotes ficaram com a espanhola Cobras Instalaciones y Servivios e com o consórcio brasileiro Alupar (Alupar Investimentos e Bimetal Indústria). O deságio médio foi de 28,43 por cento em relação às tarifas máximas permitidas para prestação do serviço de transmissão. "Com a crise financeira, temíamos um afastamento de investidores tradicionais, mas mesmo assim tivemos um deságio maior sobre a receita anual permitida", disse a jornalistas o diretor geral da Aneel, Nelson Hubner. Ele negou correlação entre o apagão de 10 de novembro com a atuação forte das estatais no leilão de linhas de transmissão. "Não há relação. As estatais têm participado da mesma forma. Alguns lotes desse leilão são pequenos, e quando estão em uma área de uma estatal ela tem mais condições de operar a linha. São mais competitivas, porque tem menos gastos de operação e construção", declarou Hubner. O presidente de Furnas, Carlos Nadalutti, afirmou que as linhas aumentam a segurança do sistema elétrico brasileiro. Ele disse que a empresa pretende investir no ano que vem mais de 1 bilhão de reais, sendo que parte será destinada ao segmento de transmissão. O valor é semelhante ao aplicado em 2009 e ainda depende da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da parcela de contribuição para o superávit primário. As linhas de transmissão licitadas nesta sexta-feira passarão pelos Estados de Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso e Minas Gerais. A construção será feita em até dois anos a partir da assinatura dos contratos e os investimentos totais estimados são de 1,3 bilhão de reais. (Por Rodrigo Viga Gaier; Edição de Cesar Bianconi)

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