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Eletrobras e empresa chinesa já fizeram oferta por EDP

Por ANNA FLÁVIA ROCHAS
Atualização:

A estatal brasileira Eletrobras e uma empresa chinesa já apresentaram nesta asexta-feira propostas ao governo de Portugal pela fatia de cerca de 20 por cento detida por Lisboa na empresa de energia EDP. A informação é do presidente da Energias do Brasil (EDP Brasil), subsidiária do grupo português, António Pita de Abreu. "A notícia que tenho é que já foram entregues duas propostas, uma da Eletrobras e outra de uma empresa chinesa muito grande... No fim do dia já vamos saber tudo. Tem várias empresas interessadas, muitas", disse o executivo a jornalistas na cidade de Aparecida, interior de São Paulo, ao participar de evento da EDP Brasil. Lisboa pretende vender a participação que tem na EDP até o fim deste ano para cumprir com as obrigações do pacote de ajuda da União Europeia a Portugal. Pita de Abreu acredita que o processo de venda da fatia da EDP pelo governo português deva estar concluído até o início de dezembro. O executivo não quis comentar sobre a possível entrada da Eletrobras no bloco de controle da companhia. "Neste momento, até por causa do processo, não podemos falar... Mas no Brasil temos parceria com a Eletrobras em usinas que vão muito bem", acrescentou, ao mencionar duas hidrelétricas no Estado do Tocantins. Um porta-voz da EDP em Lisboa disse à Reuters que a empresa não comentaria o assunto. A imprensa portuguesa tem noticiado que haveria vários grandes grupos internacionais interessados em comprar uma participação na EDP. Além da Eletrobras, que manifestou publicamente em diversas ocasiões sua vontade de entrar no capital da EDP, estariam de olho em uma fatia da empresa de Portugal os alemães da RWE e da E.ON e os franceses da EDF e da GDF Suez, bem como a chinesa China Power Internacional. A argelina Sonatrach e o fundo soberano IPIC, do Abu Dhabi, no passado mostraram-se disponíveis para aumentar as suas posições na EDP para além dos atuais 2 e 4 por cento, respectivamente. A espanhola Iberdrola, maior acionista privada com 6,8 por cento da EDP, não deverá aumentar a sua participação, segundo analistas.

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