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Em greve, bancários organizam passeata nos próximos dias

Foco da greve será nos centros administrativos dos bancos, mas nesta quinta-feira algumas ações irão ocorrer nas agências 

Por Economia , Negócios e Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - Os bancários de todo o País entraram em greve nesta quinta-feira, 19, e pretendem ir às ruas protestar nos próximos dias. Na terça-feira, 24, às 16 horas, os grevistas em São Paulo irão realizar uma passeata na avenida Paulista, com concentração no vão livre do MASP.

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A presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, disse na quarta-feira, 18, que a greve dos bancários terá como foco a paralisação dos centros administrativos dos bancos. "Precisamos que o cliente entenda por que estamos em greve. Vamos priorizar os centros administrativos, e não as agências. Os caixas eletrônicos, por exemplo, irão funcionar", afirmou. No entanto, disse ela, por um dia, nesta quinta-feira, as ações estarão inicialmente centralizadas nas agências bancárias.

De acordo com Juvandia, mais da metade dos cerca de 140 mil bancários trabalha em centros administrativos, onde são realizados serviços relacionados a câmbio e corretagem, entre outros. A sindicalista disse que é possível que, a partir do segundo dia de greve, na sexta-feira, algumas agências voltem a abrir. "Alguns bancários de bancos privados temem represálias."

Os bancários reivindicam reajuste de 11,93%, sendo 5% de aumento real. Os bancos oferecem 6,1% de reajuste. Frente a essa proposta, assembleias realizadas no dia 12 definiram greve a partir de quinta-feira por tempo indeterminado. Segundo Juvandia, o sindicato ainda espera algum posicionamento da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com nova proposta.

A presidente do sindicato disse que os seis maiores bancos brasileiros - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander e HSBC - empregam a maior parte dos trabalhadores do setor. No ano passado, a greve dos bancários se estendeu por nove dias e obteve ganho real de 2%. Veja abaixo a lista de reivindicações dos bancários:

* Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

* PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

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* Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

* Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

*Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral.

* Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

* Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

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* Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

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