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Embraer se reunirá com sindicatos para discutir efeitos de acordo com Boeing sobre empregos

Reunião será na próxima sexta-feira, 13; sindicalistas cobram esclarecimentos da Embraer desde que conversas sobre fusão tiveram início, em dezembro

Por Letícia Fucuchima
Atualização:

O presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, irá se reunir com sindicalistas nesta sexta-feira, 13, para discutir os termos do acordo com a Boeing anunciados na semana passada, afirmam os sindicatos de São José dos Campos, Botucatu e Araraquara, que representam os metalúrgicos da fabricante brasileira.

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Os sindicalistas têm demandado esclarecimentos da Embraer sobre os potenciais impactos do negócio sobre os empregos no País desde que as conversas com a norte-americana vieram a público, em dezembro de 2017.

Paulo Cesar de Souza e Silva está na companhia desde 1997 Foto: REUTERS/Remo Casilli

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No início de maio, o Ministério Público do Trabalho emitiu uma notificação recomendatória para que Embraer e Boeing incluíssem expressamente "salvaguardas trabalhistas" no acordo comercial que vinham negociando. Também foi recomendado que as empresas informassem aos sindicatos sobre os possíveis impactos aos empregos e que recebessem sugestões dos sindicalistas a respeito do tema.

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Segundo Herbert Claros, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, as entidades não foram procuradas pelas fabricantes para conversar antes de o memorando de entendimentos ter sido divulgado, na última quinta-feira.

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No dia seguinte ao do anúncio, os sindicatos enviaram uma carta ao presidente Michel Temer e aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, pedindo que o governo vete a operação de venda de 80% da área de jatos comerciais da Embraer para a Boeing.

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