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Embrapa registra no MS o 1o caso de ferrugem da soja em 07/08

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Por Redação
Atualização:

O primeiro caso de ferrugem asiática da soja no Brasil, na safra 2007/08, foi registrado em Aral Moreira, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira com o Paraguai, informou nesta quinta-feira a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Oficialmente, a ferrugem foi detectada mais tarde nesta safra, devido ao tempo seco durante a semeadura e desenvolvimento inicial das lavouras nas principais regiões produtoras. "No ano passado, as lavouras foram plantadas mais cedo e os primeiros focos também surgiram antecipadamente", disse a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, de acordo com a nota. O fungo da ferrugem asiática precisa, além de calor, umidade para se desenvolver com mais facilidade. A doença, caso não tratada adequadamente, pode reduzir de maneira drástica a produtividade de uma lavoura. Segundo o comunicado da Embrapa, a plantação comercial onde foi detectado o foco está no estágio inicial de formação de vagem. De acordo com o engenheiro agrônomo Ricardo Barros, da Fundação MS, entidade integrante do Consórcio Antiferrugem que detectou o foco, o clima na região estava desfavorável ao desenvolvimento da doença. Mas, acrescentou ele, "técnicos e produtores devem reforçar o monitoramento das lavouras, já que as chuvas voltaram a ocorrer normalmente". A estatal de pesquisa do Brasil informou ainda que o fato de o município de Aral Moreira estar situado próximo à fronteira com o Paraguai "pode ter sido relevante para o aparecimento da doença". O comunicado revela que a ferrugem está presente em algumas regiões do Paraguai onde o plantio ocorre prematuramente. O pesquisador Rafael Soares da Embrapa Soja, segundo o comunicado, informou que "também foi constatada a presença de ferrugem em kudzu e soja perene, não só no Paraguai, mas também em municípios argentinos na província de Missiones". "Essa constatação serve de alerta para os produtores brasileiros, principalmente no oeste do Paraná, para intensificar o monitoramento da doença, pois, considerando o movimento predominante dos ventos, os países vizinhos podem ser fornecedores de inóculo do fungo para as lavouras brasileiras". [ID:nN22262110] (Por Roberto Samora; edição de Marcelo Teixeira)

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