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Entidades criticam redução do tamanho dos reservatórios de hidrelétricas

Reservatórios menores tornam o sistema mais dependentes das chuvas e do acionamento de usinas termelétricas

Por Kelly Lima e da Agência Estado
Atualização:

A redução do tamanho dos reservatórios de água em novas hidrelétricas foi alvo de críticas de associações do setor elétrico durante o 7º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico. Segundo os representantes destas entidades, em nome de uma redução dos impactos ambientais e aceleração do processo de licenciamento, as obras de novas usinas contam com reservatórios de menor porte e por isso o sistema fica com maior dependência das chuvas e do acionamento de usinas termelétricas.

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Belo Monte, no Pará, seria um dos principais exemplos do que eles chamam de contrassenso do setor. A usina tem uma capacidade instalada de 11.233 mil MW, mas uma energia assegurada em torno de 4 mil MW, já que teve que reduzir seu reservatório na hora de obter o licenciamento.

"O contrassenso existe porque na medida em que você deixa de construir um reservatório, tem que construir outra usina para completar a energia que seria gerada pela primeira se houvesse este reservatório maior", disse Luiz Fernando Vianna, presidente do conselho de administração da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine).

Já para o presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flavio Neiva, reservatórios de maior porte permitem tirar proveito das diversidades hidrológicas entre as bacias, propiciando ganho na energia assegurada e ainda aproveitamentos integrados. "O País hoje está na dependência de térmicas porque vive uma estiagem forte e os reservatórios estão abaixo da média", comentou. 

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