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ENTREVISTA-AIE está pronta para liberar estoques po tempestade

Por MURIEL BOSELLI
Atualização:

A Agência Internacional de Energia (AIE) está pronta para liberar estoques estratégicos de petróleo se a tempestade tropical Gustav atingir o Golfo do México na próxima semana, afirmou o órgão na quinta-feira. "É muito cedo para pensar em qualquer implicação ainda, mas estamos acompanhando isso de perto com o governo dos EUA", disse Aad van Boheman, chefe de planejamento e preparação de emergência da AIE, que aconselha 27 países ricos. A agência, que coordena medidas de emergência em momentos de problemas na oferta de petróleo, liberou estoques de produtos de petróleo em 2005, quando o furacão Katrina prejudicou as operações na região. Questionado sobre quanto tempo a AIE precisaria para decidir sobre uma liberação de estoque de emergência se a tempestade atingir a região estratégica, van Bohemen afirmou: "Para o Katrina, reagimos em 24 horas, o que é muito bom quando se leva em consideração que nossos membros estão em 16 fusos horários." Van Bohemen afirmou que empresas e o governo norte-americano estão melhor preparados agora do que quando surgiu o Katrina, em 2005. O petróleo subia pelo quarto dia seguinte, para cerca de 120 dólares o barril na quinta-feira, pelos temores de que o Gustav possa prejudicar a produção de petróleo e gás dos EUA no Golfo do México. Os EUA, maior consumidor de petróleo do mundo, não sofre escassez de petróleo, mas poderia precisar de produtos derivados se as operações, especialmente de refinarias, forem prejudicadas pelo Gustav. "Nós sempre estamos prontos para garantir alívio adicional ao mercado se for necessário", disse van Bohemen, explicando que a ação da AIE só é necessária se os consertos levarem vários meses. "Se os reparos levarem uma ou duas semanas, existe estoque abundante nos EUA para lidar com isso", completou. A previsão é de que o Gustav atinja a costa do golfo na segunda-feira, alguns dias após o aniversário dos furacões Katrina e Ritta, que reduziram em um quarto a produção de gás e petróleo dos EUA ao destruir plataformas e vários dutos. REUTERS CM DL

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