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ENTREVISTA-Braskem opera a plena capacidade, diz vice financeiro

Por WALTER BRANDIMARTE
Atualização:

A Braskem, maior empresa petroquímica da América Latina, está operando perto de sua capacidade máxima novamente, com a economia se recuperando de uma parada repentina no último trimestre de 2008, informou o vice-presidente financeiro da empresa, Carlos Fadigas. A produção da Braskem havia caído para 55 por cento de sua capacidade total no final do ano passado, quando a crise global bateu forte no país. Mas a empresa está agora operando a 95 por cento de sua capacidade novamente, "o que é praticamente capacidade total", disse Fadigas em entrevista à Reuters. "Vimos uma recuperação da demanda no primeiro trimestre --fevereiro foi maior que janeiro, março foi maior que fevereiro. E também vimos melhores volumes em abril", afirmou Fadigas nos corredores de um conferência sobre o Brasil organizada pelo Itaú Seguros em Nova York. Nem todas as indústrias estão relatando uma boa performance, avisou. Setores que são mais dependentes em crédito, como agricultura e fertilizantes, ainda estão com dificuldades. A demanda das montadoras também não se recuperou inteiramente, uma vez que a exportação de autos continua baixa. "Por outro lado, bens de consumo e o setor alimentício permanecem com uma boa velocidade (de crescimento), inclusive acima do ano passado", disse o executivo. Enquanto o mercado de capitais progride, afirmou Fadigas, há uma oportunidade, apesar de um tanto cara, para emitir títulos nos mercados externos. A Braskem emitiu 500 milhões de dólares em títulos de 10 anos no ano passado, com uma remuneração de 7,25 por cento. Esses títulos atualmente geram retornos de 8 a 9 por cento no mercado secundário. "Nossa percepção é de que há um mercado (para emissão de títulos) mais barato que no começo do ano, mas mais caro que no ano passado", disse. "Felizmente, nós temos liquidez, então podemos ser seletivos".

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