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ENTREVISTA-Fitch quer super?vit fiscal maior no Brasil

Por WALTER BRANDIMARTE
Atualização:

O aumento do super?vit prim?rio do Brasil ajudaria a combater a infla??o e reduzir a depend?ncia de taxas de juros mais altas, afirmou uma diretora da Fitch nesta quinta-feira, ap?s a ag?ncia de classifica??o de risco elevar o pa?s a grau de investimento. Shelly Shetty, principal analista da Fitch para o Brasil, disse que um super?vit fiscal maior do que a atual meta de 3,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) tamb?m ajudaria o pa?s a enfrentar um fator chave de restri??o de sua avalia??o: as fracas contas p?blicas. "Claramente este ser? um passo na dire??o certa", disse ? Reuters em entrevista por telefone. "Isso tamb?m ajudaria a melhorar o mix entre a pol?tica monet?ria e a pol?tica fiscal" para combater a infla??o. Alguns economistas tamb?m t?m defendido que o Brasil eleve o super?vit prim?rio. Poupando uma parcela maior de sua crescente receita, o governo ir? cortar a pol?tica expansionista, ajudando os formuladores de pol?tica monet?ria a conter a infla??o. At? o momento, a luta contra a infla??o tem sido um peso carregado principalmente pelo Banco Central, que elevou a taxa b?sica de juro em 0,50 ponto percentual na ?ltima reuni?o. A Fitch afirmou que a ?ltima decis?o de pol?tica monet?ria "consolidou" a independ?ncia do BC, que ? honrada pelo presidente Lula, mas n?o garantida por legisla??o. "O que ? bom e animador no momento ? que o Banco Central tem participado com um aperto monet?rio mesmo que a infla??o continue muito perto do centro da meta e bem abaixo do teto da meta", disse Shetty. Ela acrescentou que a cria??o do fundo soberano no Brasil pode ser positivo se for usado para "poupar o excedente do super?vit prim?rio". FINAN?AS P?BLICAS A Fitch elevou o Brasil para "BBB-", o primeiro n?vel da categoria de grau de investimento. A eleva??o veio cerca de um m?s ap?s a??o similar da Standard & Poor's. A ag?ncia repetiu que a principal restri??o para o rating do Brasil ? a "fraqueza" das contas p?blicas --com grande peso tribut?rio, altas taxas de juros, alto n?vel de gastos correntes, investimento p?blico ainda limitado e o cont?nuo d?ficit da Previd?ncia. "No entanto, n?s acreditamos que a din?mica da d?vida do Brasil parece bastante favor?vel dado (a perspectiva de) crescimento e o comprometimento renovado de seu governo em continuar a atender a meta de super?vit prim?rio", disse Shetty. Ela reconheceu que a economia brasileira est? crescendo em um passo mais lento que outros pa?ses com o rating "BBB-", mas afirmou que uma maior previsibilidade das pol?ticas e forte investimentos estrangeiros diretos ir?o ajudar a "reduzir a volatilidade do crescimento futuro do Brasil".

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