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ENTREVISTA-Sem vencer trechos na 3a,CCR aposta agora no Rodoanel

Por SÉRGIO S
Atualização:

Passado o leilão de rodovias da última terça-feira, quando não levou nenhum dos três lotes que disputou, a CCR começa a preparar suas apostas para as próximas licitações do setor, como o Rodoanel Oeste e estradas federais na Bahia. Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Ricardo Froes, os trechos federais licitados há dois dias não representavam todas as energias concentradas pela CCR . "A empresa tem um planejamento estratégico de longo prazo, estabelecido em 2005 e que abrange várias oportunidades... os sete lotes era apenas uma dessas oportunidades", afirmou Froes à Reuters. A parte oeste do Rodoanel, com 32 quilômetros e que tem um volume de tráfego diário estimado em 145 mil veículos, com taxa anual de crescimento de 3,32 por cento, é uma "dessas oportunidades". "Temos pleno interesse no Rodonel e nas próximas concessões estaduais e federais", disse Froes, acrescentando que a empresa tem a intenção de ser mais agressiva nas ofertas futuras. O executivo ainda salientou que a grande prioridade da empresa, principalmente no curto prazo, continua sendo o potencial doméstico. "Apesar dos investimentos internacionais da CCR, o que nós almejamos, principalmente para o curto prazo, é o mercado brasileiro", disse, citando a expectativa de queda nos juros básicos como um fator bastante positivo. Froes disse ainda que não há preferência da companhia quanto a trechos federais ou estaduais, e que a CCR tem interesse em ambos. No modelo paulista de licitação, vence quem oferecer o maior preço de outorga da rodovia, com preços de pedágios estabelecidas por quilometragem. Já no leilão federal de terça-feira, levou quem propôs o menor pedágio, sem ter que pagar pela concessão. A CCR, em um comunicado na própria terça-feira, justificou seu desempenho no leilão afirmando que agiu "no limite de nossa responsabilidade e disciplina de capital". A espanhola OHL, que venceu os cinco lotes que disputou --dos sete leiloados--, chegou a oferecer deságio de até 65 por cento em uma de suas propostas. Apesar de não ter conquistado nenhum dos trechos licitados, a CCR continua como a maior empresa no setor de rodovias no Brasil em volume de tráfego, já que administra estradas importantes --como a Bandeirantes e a Dutra-- num total de 1.452 km. A OHL é a segunda.

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