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'Começamos a pensar no plano de ir para o exterior', diz CEO da Petz

Segundo Sergio Zimerman, empresa prepara a abertura de sua primeira loja fora do Brasil para 2025

Por Gabriel Baldocchi (Broadcast)
Atualização:

Depois de fazer uma série de aquisições com os recursos levantados na abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa, em 2020, a Petz - que tem hoje 178 unidades, em 19 Estados brasileiros - faz planos para ampliar a presença física no exterior, movimento visto como natural depois da compra de empresas que já têm presença lá fora, como a Zee.Dog e a Petix. “Antes, a gente iria começar a estudar mercados a partir de 2025 - era esse o discurso do IPO. A diferença é que, com as aquisições, o ‘depois olhar para fora’ desapareceu. Tem de olhar para fora desde já”, diz o CEO da Petz, Sergio Zimerman, ao Estadão/Broadcast.

Confira a seguir os principais trechos da entrevista. 

Sergio Zimerman, da Petz;rede tem hoje 178 unidades, em 19 Estados brasileiros. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Onde faria mais sentido iniciar o projeto no exterior?

Se você fizesse a pergunta antes de adquirir a Zee.Dog, ia falar que faria mais sentido qualquer país do Mercosul. Com a penetração da Zee.Dog, com a Petix, no mercado americano, na Europa, a gente sabe que há um aumento de participação interessante. Não estamos apenas olhando se faz sentido ou não no Mercosul. Estamos olhando em qualquer parte do planeta.

Em quanto tempo seria? Em dois, três anos?

Para pilotar, não para colocar em operação. Antes de 2025, não deve acontecer nenhum tipo de roll out (extensão) fora do Brasil. A gente iria começar a estudar mercados a partir de 2025; com as aquisições, o ‘depois olhar para fora’ desapareceu. Tem de olhar para fora desde já. Em vez de começar a pensar em 2025 para fazer em 2027, começamos em 2022. Pode ser que aconteça a partir de 2025.

O piloto será a abertura de uma loja?

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Vamos abrir um modelo. O que é melhor? Uma loja grande de experiência, uma pequena, apostar na omnicanalidade (atuação em diversos canais)? Vai depender da dinâmica do país. Da nossa parte e dos fundadores das empresas adquiridas, sobra vontade de pensar o mundo em termos de expansão, mas precisamos ter disciplina. Uma empresa que tem só 7,5% do mercado, como nós, não pode se dar ao luxo de criar dispersão agora. Chegar antes é um diferencial competitivo e a gente quer chegar antes sobretudo no Brasil. 

A Petz tem feito uma série de aquisições. Qual é o critério para as compras?

A gente construiu um diferencial competitivo, que é a nossa plataforma de omnicanalidade. Esse diferencial não vai permanecer eternamente. Foi aí que surgiu a ideia de criação de um ecossistema - pressupõe trazer novas competências, produtos e serviços não feitos hoje. Mas não temos pressa. A primeira oportunidade foi a Cansei de Ser Gato, depois a Zee.Dog e mais recentemente a Petix. São empresas com fundadores brilhantes, que foram líderes na proposta de valor, têm a mentalidade de crescimento e fundamentalmente sem número dois. É uma vantagem competitiva muito mais perene. Esse é o diferencial que a gente pretende, até 2025, estar a pleno vapor para ser a razão de crescermos mais que os outros nos próximos anos.  

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