A Espanha concluiu seu programa de financiamento de 2010 nesta manhã, ao vender 3,877 bilhões de euros em títulos do Tesouro de três e seis meses, antes de enfrentar novos desafios para se financiar em 2011. O volume vendido ficou perto do teto da faixa pretendida, que ia de 3 bilhões de euros a 4 bilhões de euros.
O Tesouro espanhol pagou yield (retorno ao investidor) médio de 1,804% para os papéis de três meses, acima de 1,743% oferecido no leilão realizado em 23 de novembro. Para os papéis de seis meses o yield médio ficou em 2,597%, de 2,111% no leilão anterior. A proporção entre ofertas feitas e aceitas (bid-to-cover) foi de 2,14 nos títulos de três meses, de 2,34 antes, e 5,15 nos de seis meses, de 2,65 antes.
"O leilão de T-bills da Espanha teve bom resultado tanto em termos de demanda como em termos de preço", comentou Giuseppe Maraffino, estrategista do Barclays Capital, em Londres.
O leilão de títulos de hoje teve um cenário parecido com o de bônus realizado na última quinta-feira, já que ambos foram precedidos por alertas de rating da agência de classificação de risco Moody's. Ontem a agência colocou os ratings de 30 bancos espanhóis em revisão para possível rebaixamento. Na quarta-feira passada, a Moody's havia colocado o rating soberano da Espanha em revisão.
O governo espanhol terá como tarefa crucial em 2011 reforçar a confiança do investidores, se quiser evitar ter o mesmo destino da Grécia e da Irlanda.
As informações são da Dow Jones.