23 de março de 2012 | 18h59
As conversas do EAS com a dupla são anteriores à saída da coreana Samsung do estaleiro e vinham sendo mantidas em paralelo. A Samsung tinha 6% do empreendimento e vendeu sua participação neste mês para as duas construtoras,que tinham como sócios Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, agora com 50% cada.
O movimento foi na direção contrária do que estava sendo negociado pela Petrobras, com aval do governo, para evitar atrasos. As conversas ficam mais intensas depois da saída do Samsung, um dos maiores estaleiros do mundo.
A Petrobras negociava a ampliação da participação do Samsung para aproveitar a expertise do grupo e acelerar projetos, especialmente as sete sondas de perfuração para o pré-sal que a Petrobras contratou, via Sete Brasil, para serem construídas no EAS. Cada uma custa cerca de US$ 800 milhões.
O estaleiro já tem problemas hoje no cronograma de entrega de navios para a Transpetro, sendo o caso mais famoso o do navio João Cândido, com mais de um ano de atraso e problemas de solda e nivelamento.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, entrou pessoalmente nas negociações, temendo morosidade na fabricação das sondas, o que atrasaria a exploração do pré-sal. Mas o Samsung resolveu deixar a parceria.
Segundo a fonte, as conversas azedaram porque o Samsung queria construir na Coreia as duas primeiras sondas, de um total de sete. A Sete Brasil, empresa que tem a Petrobras como sócia, pretendia que a construção se realizasse no Brasil. O governo usa as encomendas da Petrobras para fomentar a indústria naval brasileira.
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