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Saudi Aramco lucra US$ 111 bilhões e é a empresa mais lucrativa do mundo em 2018

Lucro da maior produtora de petróleo saudita equivale ao da Apple, da Alphabet, controladora do Google e da Exxon Mobil somado

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Por Redação
Atualização:

A Saudi Aramco, maior produtora de petróleo do globo, obteve lucro líquido de US$ 111,1 bilhões em 2018, segundo informações da Moody’s Investors Service divulgadas nesta segunda-feira, 1. O valor faz com que a estatal saudita ocupe o primero lugar no ranking de empresas mais lucrativas do mundo em 2018, com larga vantagem sobre a segunda colocada da lista, a gigante de tecnologia americana Apple.

Como base de comparação, o lucro da Saudi Aramco é aproximadamente igual aos ganhos da Apple, da Alphabet - empresa controladora do Google - e da Exxon Mobil, outra gigante do setor de óleo e gás, somados.

Saudi Aramco lucrou US$ 111 bilhões em 2018. Foto: REUTERS/Ahmed Jadallah

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Em 2018, a Apple registrou um lucro líquido de cerca de US$ 60 bilhões. Na sequência das mais lucrativas, aparecem a coreana Samsung, com US$ 35,1 bilhões de ganhos e a Alphabet, com US$ 30,1 bilhões. Outras gigantes do setor de óleo e gás lucraram bem menos que a saudita. A Royal Dutch Shell teve um lucro líquido de US $ 23 bilhões e a Exxon Mobil de US$ 20,8 bilhões.

Desde a nacionalização da empresa, no final da década de 1970 não se conhecia o balanço financeiro da estatal. Antes relutante em divulgar suas finanças, a Aramco teve de revelá-las para obter um grau de recomendação público e iniciar a emissão de seus títulos internacionais. A empresa pretende captar cerca de US$ 10 bilhões no mercado. Ainda está nos planos da Saudi Aramco lançar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2021, com expectativa de gerar US$ 100 bilhões.

Apesar do grande lucro, a gigante estatal do petróleo foi classificada por agências de crédito em linha com a Arábia Saudita, o que significa que a economia lenta do reino pesará sobre o custo de empréstimo da Aramco.

Os ratings são considerados nível de grau de investimento e indicam baixo risco de crédito, mas as agências não deram notas mais altas à Aramco devido a fortes ligações entre o reino saudita e a empresa. Especificamente, a Fitch observou "a influência que o Estado tem na empresa ao regular o nível de produção, tributação e dividendos". Sem as interferências estatais no comando da empresa, ela estaria em nível semelhante a petroleiras como Exxon Mobil, Chevron e Shell.

A Moody's disse que a Aramco pagou US $ 58,2 bilhões em dividendos em 2018 e US $ 50,4 bilhões em 2017. Ainda não está claro como esses dividendos são distribuídos dentro da monarquia saudita e de sua família governante. Já a Fitch disse que a Aramco respondeu por cerca de 70% da receita orçamentária do governo saudita entre 2015-2017, mas não ficou claro se esse número incluía os dividendos mencionados pela Moody's.

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