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Estatal trabalhará para manter Comperj como planejado

Por SABRINA VALLE E FERNANDA NUNES
Atualização:

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta quinta-feira (20), em conversa com jornalistas durante a Rio Oil & Gas, que a companhia vai "trabalhar forte e firme" para manter o projeto do Comperj como foi planejado.Ela lembrou que o projeto do Comperj é integrado, com duas plantas de refino e uma petroquímica. A presidente reconheceu que os baixos preços do shale gas (gás vindo do xisto) dos Estados Unidos tiram a competitividade da indústria petroquímica nacional. "É imbatível, não tenha dúvida. Se persiste (o preço baixo e em abundância) é realmente capaz de atrair a indústria química e petroquímica de forma bastante intensa".Sem descartar completamente a possibilidade de alteração do projeto, Graça disse que trabalhará junto com a Braskem (seu braço petroquímico) e o governo, diante de sua política industrial, para encontrar uma solução. "Saberemos buscar racionalidade da formação do preço de gás para viabilizar o complexo petroquímico do Rio de Janeiro", disse. Graça reafirmou a importância da parte do complexo que contempla duas refinarias. Mas disse que acompanhará o comportamento do preço do shale gás nos EUA.A presidente da Petrobras afirmou também que a P-55 deve deixar o estaleiro Rio Grande em maio, e começará a produzir seu primeiro óleo em setembro do ano que vem. Já no canteiro da UTC Engenharia (Rio), estão sendo integrados 16 módulos. Sairão de lá a P-55, a P-58 e a P-62, que serão responsáveis por uma produção de 540 mil barris por dia. No estaleiro Inhaúma estão quatro cascos para a área da cessão onerosa, que terão capacidade para produzir 600 mil barris por dia, disse.JustiçaA Petrobras irá analisar as áreas prioritárias onde estão instaladas as sondas da Transocean para recorrer ao mercado e substituí-las, caso a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) seja de manter a suspensão da atividade da empresa no Brasil, informou o diretor de Exploração e Produção da estatal, José Formigli.A liminar foi concedida a pedido do Ministério Público e exigiu a paralisação das sondas da Transocean, responsável pela plataforma de onde vazou o óleo que estava sendo produzido pela Chevron, no campo de Frade, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já se posicionou a favor da Transocean, argumentando que não é possível responsabilizá-la pelo incidente e pediu a continuidade do trabalho da empresa. Caso a Transocean pare, a principal prejudicada será a Petrobras. Até mesmo o pré-sal poderá ser comprometido, segundo a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard. Mas, segundo Formigli, a Petrobras não está considerando a hipótese de suspensão da Transocean. "Não vamos dizer qual é o plano B, porque a prioridade é o plano A", afirmou.

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