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Estrangeiros devem gastar R$ 155 bilhões durante a Copa de 2014

Estudo do Banco Confidence estima também a entrada de R$ 28 bilhões durante as Olimpíadas de 2016

Por Gustavo Uribe e da Agência Estado
Atualização:

Estudo elaborado pelo Banco Confidence, instituição financeira especializada em câmbio, estima que a Copa do Mundo de 2014 deve atrair um montante de R$ 155 bilhões em recursos estrangeiros gastos no setor de turismo. A projeção aponta ainda a entrada de R$ 28 bilhões durante as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. O estudo, realizado com base em dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Ministério do Turismo e do próprio banco, estima que nos próximos 10 anos o setor de turismo registre incremento anual médio de 4,8%.

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Em 2009, o crescimento real foi de 5,8% ante 2008. A estimativa é de que só o segmento das agências de turismo, que movimentou  cerca de R$ 820 milhões em 2009, atinja em 2020 um faturamento total de R$ 3,4 bilhões. Entre as áreas pesquisadas estão companhias aéreas, agências e operadoras de turismo, hotelaria, turismo receptivo e parques temáticos.

O diretor do Banco Confidence, Gustavo Dias, explica que o ingresso de recursos no Brasil por conta da Copa do Mundo e das Olimpíadas deve manter a cotação do dólar em níveis baixos, favorecendo a demanda por pacotes de viagens para o exterior. "Haverá um grande fluxo de estrangeiros no País nos dois eventos, abrangendo 65 destinos turísticos em todo o território nacional", aponta.

O diretor estima ainda que os eventos devem levar o mercado de turismo a aumentar de maneira significativa o quadro de mão de obra. Atualmente, o número de empregados do setor é de 5,5 milhões de pessoas, o que representa 5,9% do total de vagas no País. Até 2018, a expectativa da instituição é de que este índice chegue a 6,6% do total.

O estudo prevê ainda que entre outubro e março deste ano, na temporada das férias de verão, o setor de turismo deve ampliar os negócios em torno de 84%, em relação ao mesmo intervalo do ano passado. O Banco Confidence credita a alta ao aumento nos últimos anos do poder aquisitivo da classe C e à oferta cada vez maior de pacotes de viagem financiados em até mais de 40 parcelas.

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