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ETH consolida investimento em etanol no Brasil e busca África e AL

Companhia está prestes a finalizar investimentos de R$ 8 bilhões para se tornar a maior produtora de etanol e de energia elétrica cogerada do País

Por e da Agência Estado
Atualização:

Prestes a finalizar investimentos de R$ 8 bilhões para se tornar a maior produtora de etanol e de energia elétrica cogerada do País, a ETH Bioenergia tem planos de expansão para o exterior, com a construção de unidades sucroalcooleiras na África e na América Latina. "São projetos novos, mas ainda não temos nada maduro suficiente para dizer que está pronto para decisão; mapeamos e avaliamos oportunidades em Angola, Moçambique, Colômbia, México e América Central", disse à Agência Estado José Carlos Grubisich, presidente da companhia, braço sucroalcooleiro do Grupo Odebrecht.

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Segundo Grubisich, a estratégia da ETH Bioenergia de focar a produção de etanol de cana e de energia elétrica a partir do bagaço deve ser mantida nos primeiros projetos no exterior, exceto na África, onde poderá fabricar também açúcar. "Na África ainda há uma demanda não atendida para o açúcar", explicou. Até o final deste ano, a ETH Bioenergia inicia as operações das duas últimas de nove unidades previstas para a primeira etapa de crescimento no Brasil: a Costa Rica, em Mato Grosso do Sul e a Água Emenda, em Goiás.

A unidade de Costa Rica teve a pedra fundamental lançada hoje (20) e a de Água Emendada será lançada em 5 de julho. Com projetos idênticos e investimento de R$ 1 bilhão em cada unidade, ambas estão em adiantado processo de construção e serão inauguradas até novembro. "Andamos em velocidade forte, porque o mercado de etanol está superaquecido", explicou o presidente da ETH Bioenergia.

A expectativa é de que Costa Rica inicie a moagem ainda em outubro deste ano, processe 400 mil toneladas na safra 2011/2012 e entre na próxima safra com a capacidade de processar 4 milhões de t. No entanto, em 2012/2013 o processamento deverá atingir 3 milhões de t de cana, porque ainda não haverá matéria prima suficiente, e a capacidade total será conseguida na safra 2013/2014. Já Água Emendada entra em operação em novembro, faz uma moagem de teste nesta safra e, em 2012/2013, terá o mesmo ritmo de processamento da unidade de Costa Rica.

Para atender a demanda de cana-de-açúcar das nove unidades, a ETH Bioenergia plantará até 120 mil hectares da cultura por ano nos próximos dois anos. Com o avanço nas lavouras, a companhia espera saltar de 9 milhões de t processadas na safra passada para até 19 milhões em 2011/2012. Em 2012/2013, o processamento chegará a 32 milhões de t de cana e, em 2013/2014 atingirá a meta de 40 milhões de t traçada inicialmente para 2015. "Quando fizemos a operação (de aquisição) com a Brenco, no ano passado, aceleramos a estratégia em três anos", explicou Grubisich.

Já a produção de etanol deve atingir 1,4 bilhão de litros em 2011/2012, ante 600 milhões de litros em 2010/2011. Na próxima safra, a ETH Bioenergia espera superar 2 bilhões de litros e atingir 3 bilhões de litros em 2013/2014. "Como não há projetos novos em implementação (no Brasil), seremos, em 2013, o maior produtor brasileiro de etanol e de energia elétrica cogerada; isso se não houver consolidação de outros grupos".

Além do etanol, a produção de energia elétrica a partir do bagaço deve chegar a 2,7 Gwh/ano em 2013. Em algumas unidades, a companhia fabrica açúcar, cuja produção varia de 200 mil e 250 mil t por safra e a ampliação desse volume não faz parte da estratégia da ETH Bioenergia. A Odebrecht é acionista ainda da Logum, empresa que constrói o etanolduto que ligará a região Centro-Oeste a portos no litoral brasileiro.

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Apesar de revelar os planos para África e América latina, Grubisich evita comentar os planos de expansão na próxima etapa de investimentos da companhia no Brasil. "Após concluir Costa Rica e Água Emendada, vamos começar a pensar qual vai ser a nossa próxima etapa de crescimento; não temos ainda plano, pois o foco é terminar estas usinas e fazer a expansão da cana", concluiu.

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