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EUA não buscam financiamento adicional para FMI, diz Tesouro

Explicação vem em meio a uma crescente preocupação de que o governo norte-americano utilizaria o dinheiro dos contribuintes para ajudar países europeus em crise

Por Clarissa Mangueira e da Agência Estado
Atualização:

WASHINGTON - O governo dos EUA não está buscando financiamento adicional para o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia tem capacidade e recursos para conter sua crise, afirmou o subsecretário adjunto do Tesouro, Mark Sobel, a um comitê de fiscalização de serviços financeiros da Câmara dos Representantes em um texto preparado de suas declarações. Há uma crescente preocupação entre os formuladores de políticas públicas republicanos de que o dinheiro dos contribuintes será usado para resgatar a Europa através do FMI e alguns estão apoiando a legislação para destinar US$ 100 bilhões dos contribuintes dos EUA para o FMI. Apesar de considerar o papel do FMI como uma ajuda que oferece a países em dificuldades "espaço para respirar" para que coloquem sua situação fiscal em ordem, Sobel disse que o Fundo não deve ser um substituto para a ação europeia. Ele afirmou também que a crise da dívida da zona do euro é um "sério risco" para a economia dos EUA e a Europa precisa agir com força rapidamente para construir um mecanismo de segurança para evitar que o contágio se espalhe na região e em todo o mundo. "A Europa precisa continuar a mobilizar os recursos necessários para pôr em prática um mecanismo de segurança forte e crível proporcional à escala do desafio. E deve fazê-lo rapidamente, com força e determinação", declarou Sobel. A crise da dívida ameaça afetar a economia dos EUA através dos canais de comércio e do setor financeiro, destacou Sobel. Um declínio nas exportações para a Europa afetará negativamente e de maneira inevitável a América, acrescentou. Embora tenha dito que a Europa adotou medidas significativas nas últimas semanas e meses para responder à crise, Sobel ressaltou que "há mais trabalho a ser feito". A Europa está considerando adicionar € 200 bilhões em recursos ao FMI como contribuição inicial para atrair fundos de todo o mundo. Autoridades da zona do euro acreditam que o Fundo pode ajudar a emprestar para a região, complementando o fundo de resgate europeu de € 400 bilhões. "O FMI não pode substituir um mecanismo de segurança forte e crível e uma reposta da Europa", disse Sobel.

As informações são da Dow Jones.

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