O Departamento de Comércio dos Estados Unidos não tem autoridade para incluir a Citrovita, processadora e exportadora de suco de laranja, em uma ação antidumping que corre contra outras empresas brasileiras, de acordo com Tim Truman, vice-diretor interino do Escritório de Assuntos Públicos do órgão.
"O Departamento de Comércio concluiu que não tem autoridade, sob as leis norte-americanas antidumping, para expandir o escopo da ação para além das empresas que foram objeto da investigação inicial", afirmou.
A Florida Citrus Mutual, representantes dos citricultores do maior estado produtor dos EUA, entrou com uma reclamação no Departamento do Comércio, em abril, acusando a Citrovita de praticar dumping na venda do suco, ou seja, vender o produto abaixo do custo de produção. Na reclamação, a entidade pediu que a empresa brasileira fosse acrescentada a um processo antidumping contra outras cinco empresas brasileiras.
Esse processo, explicou Truman, incluiu exportadores e produtores do Brasil, com exceção da Citrovita. Agora, o Departamento de Comércio concluiu não ter autoridade para incluir a empresa na ação.
O processo original, de março de 2006, englobava Citrosuco, Cutrale e Montecitrus, pertencente à Louis Dreyfus Commodities. Essas empresas são obrigadas a pagar tarifas antidumping. Em julho deste ano, a Florida Citrus Mutual protocolou mais uma reclamação no Departamento do Comércio, acusando a Citrovita de continuar a praticar dumping.
Nesta semana, o Brasil apresentou junto ao Mecanismo de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC) pedido para a criação de um painel contra as medidas antidumping adotadas pelos Estados Unidos sobre a importação de suco de laranja brasileiro. As informações são da Dow Jones.