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Ex-sócios do Pactual lançam seguradora em julho

Liderados por Gilberto Sayão, investidores criam seguradora e resseguradora para atuar com grandes obras de infraestrutura

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Um grupo de ex-sócios do Banco Pactual deve iniciar em julho a operação de duas empresas na área de seguros, a Austral Seguradora e a Austral Resseguradora, segundo fontes próximas ao negócio. As companhias terão sede no Rio de Janeiro e escritório em São Paulo.

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O foco de atuação específico da seguradora será o seguro garantia, apólices que cobrem a construção de grandes obras, como usinas hidrelétricas, fábricas, estaleiros, pontes e concessões. Este ano, esse mercado deve dobrar de tamanho no Brasil em relação ao ano passado e movimentar R$ 1,4 bilhão em prêmios. Esse volume deve ser puxado principalmente pela apólice da Usina de Belo Monte, no Pará.

A Austral Seguradora tem um capital inicial de R$ 25 milhões. Já a Austral Resseguradora terá capital de R$ 100 milhões, segundo o Diário Oficial da União, valor bem acima do mínimo exigido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), de R$ 62 milhões. A sede das empresas será em um escritório no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro.

Projeto. A estratégia de Gilberto Sayão, que lidera o grupo de investidores, foi criar uma empresa que faz o seguro de um projeto e, ao mesmo, tempo uma resseguradora, que absorve parte do risco e repassa o restante para o mercado internacional. Como os projetos da área em que a seguradora pretende atuar envolvem valores bilionários, é preciso diluir o risco entre várias empresas.

Inicialmente, a seguradora se chamaria Vitrus, conforme informou a Agência Estado em abril, mas os sócios optaram por trocar o nome para Austral. Os controladores das empresas serão Gilberto Sayão, Alessandro Horta, Paulo Fernando Carvalho de Oliveira e Rodrigo Guedes Xavier. Quem está montando o projeto das empresas é Carlos Frederico Ferreira, que estava na Fator Seguradora, do Banco Fator. Entre os executivos que vão cuidar da empresa estão Bruno Augusto Zaremba, Michel Cukierman e Bruno de Abreu Freire.

Sayão era sócio de André Esteves no Banco Pactual. A sociedade foi desfeita em meados do ano passado, em meio ao fim do acordo societário do banco brasileiro com o suíço UBS. Sayão montou em setembro com outros executivos a Vinci Partners. Ele e Esteves estabeleceram uma regra de não competição. Por isso, Sayão não poderá criar um banco ou uma corretora. Mas pode atuar no restante do mercado financeiro.

É aí que entra a estratégia de criar a seguradora em um mercado que vem crescendo a uma média anual de 50% e que em 2010 deve dobrar de tamanho. Junto com Sayão, na Vinci, estão outros executivos, como Rodrigo Xavier, que chegou a ser presidente e CEO do UBS Pactual no Brasil, e Alessandro Horta, que foi diretor da gestora de recursos do banco.

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