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Fabricantes apontam falta de chips no Japão

Por CLARISSA MANGUEIRA
Atualização:

A sul-coreana LG Electronics afirmou que sua divisão de eletrodomésticos observou um desequilíbrio entre oferta e demanda de chips no Japão e que vai buscar fornecedores alternativos. "Estávamos recebendo cerca de 70% a 80% dos semicondutores para nossos aparelhos eletrodomésticos de empresas japonesas, mas estamos diversificando rápido nossos fornecedores", afirmou o presidente da divisão de aparelhos domésticos da LG.As declarações da empresa são um claro sinal de que as fabricantes de produtos eletrônicos estão lutando para assegurar o abastecimento de componentes após o terremoto e o tsunami que atingiram o país no início de março. Segundo o executivo da LG, a recuperação no Japão ajudará a oferta de chips global a voltar ao normal dentro de dois ou três meses. Ele afirmou que a LG conversou com a Hynix Semiconductor para o fornecimento de componentes, mas não quis revelar os nomes dos outros fornecedores consultados.A Toshiba, que fornecia metade do abastecimento de chips da LG, disse ontem que uma das suas principais fábricas de chips na Prefeitura de Iwate, norte do Japão, retomou a produção parcial, depois de ter sido atingida pelo terremoto.O desastre no Japão elevou as preocupações sobre o abastecimento em muitos setores empresariais, incluindo o de aparelhos eletroeletrônicos, visto que as gigantes mundiais de tecnologia são fortemente dependentes dos fabricantes de peças japoneses.A LG também informou que poderá elevar os preços de seus aparelhos eletrodomésticos em cerca de 5% a 10% no curto prazo devido à alta das matérias-primas. "Os custos das matérias-primas, incluindo cobre e aço, aumentaram cerca de 20% a 30% recentemente, mais rápido do que temíamos", destacou o executivo. "Uma vez que o ritmo dos preços das matérias-primas está superando os nossos esforços de redução de custos, não podemos fazer nada senão seguir a tendência mundial (de aumento dos preços)", acrescentou Lee.A norte-americana Whirlpool e a sueca Electrolux, as principais rivais da LG no exterior, já elevaram os preços de seus produtos com a finalidade de repassar o aumento dos custos das matérias-primas. As informações são da Dow Jones.

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