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Faltam carros importados para atender demanda de consumidor

Segundo a Abeiva, tempo de espera até a chegada dos carros às concessionárias e cancelamento de pedidos devido ao aumento do IPI impossibilitam que demanda seja atendida

Foto do author Fernanda Guimarães
Por Fernanda Guimarães e da Agência Estado
Atualização:

As importadoras de veículos não deverão ter carros suficientes para atender à corrida dos consumidores atraídos pelas concessionárias por conta da suspensão do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30 pontos porcentuais para carros com menos de 65% de nacionalização. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Veículos Automotores (Abeiva), José Luiz Gandini, o tempo levado entre os pedidos e a chegada dos carros às concessionárias é de 90 a 120 dias, o que inviabiliza atender esse aumento da demanda, que está previsto para ocorrer até o fim do ano. "Muita empresa, com o aumento do IPI, chegou até mesmo a cancelar os pedidos lá fora. Irá faltar carros importados", disse Gandini à Agência Estado. A medida do governo que elevou o IPI aos importados entrou em vigor no dia 16 de setembro e foi suspensa ontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou que a medida só poderia ter validade após noventa dias da publicação do decreto. O executivo afirmou que a decisão surpreendeu o setor e que, agora, a postura será de continuar tentando um diálogo com o governo federal."Na semana passada fizemos uma carta para a presidente Dilma Rousseff mostrando que representamos apenas 25% dos importados no Brasil. Não pedimos nada, apenas passamos informações mais detalhadas, para mostrar que ela está batendo no lugar errado", disse. Gandini contou, ainda, que na quarta-feira esteve reunido com o Sindicato dos Metalúrgicos, para alertá-los que a maior parte das importações de carros são feitas pelas próprias montadoras instaladas no Brasil, com 75% do total importado. Para este ano, a Abeiva mantém a sua projeção de vendas de 185 mil unidades, o que representará um aumento de 76% em relação ao total de 2010. No entanto, Gandini destaca que em outubro os números se mostrarão mais fracos, trazendo o impacto do aumento do imposto nesse período.

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