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Fase é boa para o amendoim

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Por Redação
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São Paulo, 27 - Os produtores de amendoim de Dumont (SP) já estão planejando o plantio da safra 2007/2008, a partir de outubro. "A intenção de plantio é boa, os preços estão ajudando, as indústrias estão vendendo bem e os estoques de matéria-prima são razoáveis", afirma o agrônomo da Casa da Agricultura de Dumont, Jair Marcon. "Até colher a próxima safra, o estoque estará baixo ou até zerado." Embora acredite na expansão da área, Marcon observa que esse aumento dependerá da disponibilidade da terra, porque o amendoim vai sempre em rotação com a cana. Dumont possui cerca de 1.500 hectares de amendoim, mas os produtores do município cultivam a leguminosa em outros municípios, o que dá um total de 10 mil hectares. Segundo Marcon, 90% do amendoim produzidos na região atendem à demanda das fábricas de doce. Em Dumont, a saca de 25 quilos de amendoim em casca está cotada em R$ 34 (tatu) e R$ 24 (runner). A Agropecuária Donegar cultiva cerca de 1.000 hectares de amendoim em terras arrendadas, em um raio de 1.500 quilômetros do município. Segundo o técnico agrícola José Francisco do Santos, que é responsável pelo cultivo da leguminosa, cerca de 50% da produção atendem à demanda das indústrias de doces da própria empresa e o restante é vendido para cerealistas. "Pretendemos manter a área, até porque, embora os preços atuais estejam cobrindo os custos e proporcionando alguma sobra, o amendoim é uma cultura complicada, por causa do mercado", justifica Santos. Ele conta que este ano a empresa resolveu experimentar o cultivo de inverno em uma área arrendada de 400 hectares em São Desidério, na Bahia, na região de Barreiras. A intenção é comercializar a produção no Norte e Nordeste. "Estamos aproveitando as áreas irrigadas e o clima", diz. "Se der certo, podemos aumentar a área." As regiões da Alta Paulista e da Mogiana respondem por cerca de 80% da área plantada e da produção de amendoim do País. Na Alta Paulista foram plantados cerca de 20 mil hectares, sendo 16 mil hectares de cooperados da Cooperativa Agrícola Mista da Alta Paulista(Camapi). Segundo o responsável técnico da cooperativa, Rodolfo Pires Ribeiro, na safra colhida em maio, a produtividade média alcançou 140 sacas por hectares. Variedades Na região são cultivadas duas variedades de amendoim: o tatu, ereto, e o runner, rasteiro. O tatu tem ciclo de 90 a 100 dias e representa 25% da área cultivada, e o runner, de ciclo de 135 dias, responde por 75% do cultivo da região. O runner é mais produtivo (140 sacas de 25 quilos, em casca, por hectare), que o tatu, que produz, em média, 80 sacas por hectare segundo o agrônomo. De acordo com Ribeiro, o mercado de amendoim é voltado para confeito: doces, balas, cru e torrado. O vermelho é direcionado ao consumo in natura, para ser torrado em casa ou servido como petisco. "A tendência são os snacks, amendoins já processados, prontos para comer. Aí entra o rasteiro, mais fácil de industrializar e de grão vigoroso." As informações são do O Estado de S. Paulo/Agrícola

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