Publicidade

FGV: alimentação sobe menos e ajuda na desaceleração do IPCS em SP

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

São Paulo, 26 - Uma elevação menor do grupo Alimentação foi o principal fator responsável pela desaceleração na alta do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na cidade de São Paulo na terceira quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 22 de junho). A informação é da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou hoje que o indicador subiu 0,56% no período ante 0,60% da segunda quadrissemana (últimos 30 dias encerrados em 15 de junho). O grupo, que vem pressionando todos os índice de inflação ao consumidor, subiu 1,28% na terceira medição do mês. No levantamento anterior, a alta havia sido maior, de 1,45%. De acordo com a FGV, 12 dos 20 itens componentes do subgrupo Gêneros Alimentícios apresentaram redução em suas taxas de variação. No período, o segmento Hortaliças e Legumes passou de uma alta de 0,77% para uma queda de 0,11%. Na seqüência, o subgrupo Panificados e Biscoitos subiu 0,58% ante elevação de 0,91% da segunda quadrissemana de junho; Adoçantes caiu 2,71% contra um recuo de 0,82%; Pescados Frescos apresentou queda de 0,61% ante variação de 0,05%; e Carnes e Peixes Industrializados passou de uma alta de 0,51% para 0,10%. O subgrupo Alimentação Fora do Domicílio subiu 0,64% ante elevação anterior de 0,78%, com destaque para o item Restaurantes, cuja taxa passou de 0,77% para 0,39%. A FGV salientou que, com menor intensidade, os grupos Vestuário (de 0,32% para 0,10%) e Transportes (de -0,20% para -0,26%) também contribuíram para a desaceleração da alta do IPC-S de São Paulo. No primeiro grupo, o destaque foram os itens Roupas (de 0,46% para 0,23%) e Calçados (de 0,12% para -0,13%). No segundo, o preço do álcool combustível caiu 5,28% ante declínio de 3,70% da segunda quadrissemana. Na outra ponta, a FGV listou as variações dos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,56% para 0,59%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,19% para 0,40%) e Despesas Diversas (de -0,03% para 0,05%) com fatores que contribuíram para a manutenção da inflação ainda em terreno positivo, além de alguns itens do grupo Alimentação, como o leite longa vida, cuja alta passou de 12,90% para 13,40% e representou o maior impacto do IPC-S na capital paulista. Nesta terça-feira, a FGV informou que, das sete capitais pesquisadas para o cálculo do IPC-S nacional, cinco registraram desaceleração de preços, na passagem do indicador de até 15 de junho para o índice de até 22 de junho. Além de São Paulo, foram registradas elevações de preços menos intensas, no período, em Belo Horizonte (de 0,40% para 0,39%); Brasília (de 0,52% para 0,45%); Porto Alegre (de 0,31% para 0,28%); e Recife (de 0,13% para 0,04%). Apenas duas capitais apresentaram aceleração de preços no período: Rio de Janeiro (de 0,28% para 0,30%) e Salvador (de 0,10% para 0,26%). A cidade de São Paulo tem o maior peso na formação do índice nacional, que foi divulgado ontem pela instituição com uma alta de 0,40%, a mesma da segunda quadrissemana de junho.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.