Unidades compactas também são atrativas para quem quer investir ou alugar. "Caiu pela metade o numero de investidores que compram estas unidades nos lançamentos da incorporadora. Em 2009, eram 60%. Hoje são 30%, mas o número ainda é alto", diz Marcos França, diretor comercial da Requadra.
A boa localização atende a todos, principalmente estudantes e casais. "Muita gente compra para alugar. Afinal, quando o imóvel é bem localizado sempre há interesse pelo aluguel", diz França.
Para quem quer alugar unidades enxutas, é bom se preparar para encarar filas de espera por toda a cidade. Apesar de existirem mais imóveis do tipo à venda, elas estão longe de atender à demanda verificada na cidade.
Roseli Hernandes, diretora de locação da Lello Imóveis, diz que a espera pode demorar mais de um mês, dependendo da região. "Bela Vista, Centro e Perdizes têm mais procura", conta.
O fotógrafo Leandro Godoi, de 32 anos, disputou para conseguir alugar uma quitinete de 36 metros quadrados, a poucos minutos da estação de Metrô Anhangabaú, no centro da cidade, há dois anos.
"O anúncio de locação saiu no domingo e na segunda-feira quatro pessoas já haviam enviado documentos para alugá-lo. Ganhava bem e tinha conta em banco há mais de dez anos. Isso fez a diferença", conta.
Leandro começou pagando R$ 600 pela locação, mas o preço já foi reajustado para R$ 730.
"Estou satisfeito e compraria um imóvel deste tamanho. Morava em Itaquera e comecei a fazer trabalhos freelancers. Se continuasse por lá, teria que comprar um carro, mas optei pelo táxi. Aqui, gasto de R$ 20 a R$ 30 para ir para qualquer lugar, expçlica o fotógrafo.
A diferença de preço entre apartamentos maiores é alta. Na região da Avenida Paulista, é possível alugar um apartamento com dois quartos e 47,5 metros quadrados por R$ 1 mil, mais R$ 200 de condomínio.
Um apartamento com R$ 70 metros quadrados na mesma região custa R$ 1,8 mil e paga-se R$ 500 de condomínio, diz Roseli. "Além do preço do aluguel e do condomínio ser mais barato, como quem aluga são, na maioria dos casos, jovens, estudantes e casais. Chama a atenção a praticidade das unidades, que por serem menores não dão muita manutenção, principalmente para quem mora sozinho", explica Roseli.