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Fitch rebaixa classificação da petroleira OGX

Por Stefânia Akel
Atualização:

A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou nesta sexta-feira o rating da OGX, petroleira do empresário Eike Batista, e indicou haver risco de nova revisão negativa no curto prazo. De acordo com a Fitch, o rebaixamento de B para B- reflete a preocupação com a liquidez da OGX por causa do arremate de 13 blocos exploratórios no último leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no momento em que a companhia implementa um ?agressivo programa de investimento?.A petroleira adquiriu direitos de concessão sobre sete blocos exploratórios em águas profundas, dois em rasas na Margem Equatorial, e mais quatro terrestres na Bacia do Parnaíba na rodada de licitação realizada na última terça-feira, 14, após cinco anos sem a realização de leilões. ?A aquisição dos blocos exploratórios tem valor aproximado de US$ 190 milhões e tem de ser paga nos próximos meses. Os investimentos mínimos para esses blocos chegam a US$ 350 milhões no período exploratório de cinco anos, o que vai pressionar ainda mais as necessidades financeiras da OGX?, diz a Fitch. A recente decisão da companhia de vender 40% do Campo de Tubarão Martelo para a Petronas é considerada positiva pela Fitch, mas não grande o suficiente para cobrir as necessidades de financiamento da OGX.DesafiosA agência destacou ainda que a petroleira continua a enfrentar desafios operacionais, como dificuldades técnicas nos poços do Campo de Tubarão Azul. Após os recentes acontecimentos, a Fitch ajustou a produção de óleo e gás natural da OGX considerada no cenário-base para cerca de 10 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd) em 2013, 46 mil boepd no ano que vem e 94 mil boepd em 2015. A agência também reduziu a previsão de Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da OGX para, aproximadamente, US$ 1,5 bilhão até 2015, de US$ 2 bilhões previstos anteriormente. Além disso, a Fitch projeta fluxo de caixa negativo para a empresa nos próximos três anos, destacando o alto risco à liquidez da OGX. No primeiro trimestre de 2013, a OGX registrou prejuízo de R$ 804 milhões.

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