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França diz para GE e Siemens: ofertas pela Alstom precisam melhorar

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Por Redação
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O governo francês elevou as apostas na disputa pelo grupo de engenharia Alstom nesta terça-feira, e disse às empresas interessadas no negócio, General Electric (GE) e Siemens, para melhorarem suas ofertas. O governo do presidente François Hollande deu a si o poder de vetar um acordo com a justificativa de não querer que a Alstom, empresa inovadora e grande empregadora, venda a maior parte de seus negócios para uma empresa estrangeira sem que o Estado possa opinar. Em uma semana chave para a Alstom com a aproximação da data limite para a oferta da GE, em 23 de junho, a alemã Siemens apresentou nesta terça-feira ao presidente Hollande uma proposta conjunta com a japonesa Mitsubishi Heavy Industries (MHI), que avaliou o braço de energia da Alstom em 14,2 bilhões de euros (19,3 bilhões de dólares), acima da oferta de 12,4 bilhões de euros da GE. Mas o governo de Hollande respondeu dizendo que esperava melhores ofertas de ambas as empresas. "As negociações entre o Estado e as diferentes empresas vão continuar esta semana", disse uma fonte do gabinete de Hollande depois do encontro com o presidente-executivo da Siemens, Joe Kaeser, e com o CEO da Mitsubishi Heavy Industries, Shunichi Miyanaga. "As ofertas devem ser melhoradas", disse a fonte. Kaeser, descrevendo a oferta Siemens-MHI para jornalistas em Paris, disse que não vê razão para discutir a melhora da melhor oferta sobre a mesa "Não há nenhuma razão para discutirmos essa questão neste momento", afirmou ele em uma coletiva de imprensa conjunta com Miyanaga, da MHI. Uma fonte próxima à GE disse que o grupo ainda estava discutindo partes do acordo com o governo francês, particularmente as que envolvem os ativos ferroviários, de energia nuclear e renovável da Alstom, mas afirmou que a proposta também não iria aumentar o componente em dinheiro. "A GE não entrará em uma guerra de lances em dinheiro e não vai mudar a data limite 23 de junho", disse a fonte. Pela proposta da Siemens-MHI, a Siemens compraria o negócio de turbinas a gás da Alstom por 3,9 bilhões de euros em dinheiro, enquanto a MHI compraria fatias minoritárias em vários negócios de energia da Alstom, por 3,1 bilhões de euros em dinheiro. A MHI também ofereceu assumir uma fatia de até 10 por cento na empresa francesa dos 29 por cento detidos pela acionista Bouygues. (Por Natalie Huet e Elizabeth Pineau)

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