O fundo de private equity (que compra participações em empresas) Southern Cross Group, dono da fabricante de utensílios domésticos Brinox contratou desde 2011, contratou o banco BTG Pactual para vender a companhia, apurou o Estadão. O processo ainda está no início e o banco começou a sondar possíveis candidatos para a compra.
Recentemente, o BTG enviou um documento com os principais dados da empresa para fundos e companhias que poderiam se interessar, disse uma fonte. Um deles, que recebeu essa documentação, afirmou que ainda não havia sido passada uma ideia de valor para a empresa, mas considera que os números da Brinox estão “inchados pela pandemia”.
A empresa, que há mais de uma década era de controle familiar, foi às compras após o aporte do fundo. Adquiriu, por exemplo, a Coza, de utensílios plásticos – com a marca, deixou de atuar apenas na cozinha, mas também a ajudar na organização do lar como um todo. Hoje, a Brinox fatura cerca de R$ 400 milhões, aumento de 24% em um ano.
Desde a troca do controle, o grupo é comandado pelo argentino Christian Hartenstein. Em entrevista ao Estadão, Hartenstein disse que até aqui os investimentos realizados estão sendo financiados com a própria geração de caixa da empresa e que os dividendos vêm sendo integralmente injetados novamente no negócio.
Ao conversar com a reportagem, há algumas semanas,Hartenstein disse que uma rodada de captação ou abertura de capital não estavam nos planos da companhia. E de que, naquele momento, não haveria sinais de que o fundo venderia a empresa, apesar de constatar que esse movimento seria algo inevitável no futuro.
Procurada, a Brinox não comentou.