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Fusões e aquisições devem crescer até 40% no Brasil

Compras, reestruturações e parcerias serão mais frequentes nos setores de agronegócio, varejo e financeiro 

Por Reuters
Atualização:

O volume de fusões e aquisições no Brasil deve crescer de 30% a 40% em 2010, com um mercado consumidor animado e medidas do governo para promover conglomerados locais, previu nesta quinta-feira, 11, a Associação das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

 

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Compras, reestruturações e parcerias serão mais frequentes nos setores de agronegócio, varejo e financeiro, com a expansão econômica do Brasil ganhando força frente ao aumento da renda e boom de crédito no país.

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) será a principal fonte de financiamento para as fusões e aquisições, segundo a responsável pelo Subcomitê de Fusões e Aquisicões da Anbima, Carolina Lacerda. "2010 está se mostrando um ano muito bom. Tivemos nesses primeiros meses operações grandes já", disse ela a jornalistas.

 

Após um 2009 bom para vendas de ações no Brasil, que contou com duas das três maiores ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) em todo o mundo, a expectativa é de que a atividade de fusões e aquisições cresça com empresas buscando consolidar suas operações e bloquear a expansão de concorrentes.

 

Em 2009, o volume de fusões e aquisições anunciado foi de R$ 150,6 bilhões, representando uma queda de 32% ante os R$ 220,3 bilhões em 2008, segundo a Anbima. O dado de 2008 teve forte influência da gigante união de Itaú e Unibanco.

 

Algumas das transações ao longo do ano passado ocorreram com a bênção do governo, que quer criar conglomerados brasileiros de nível global.

 

Em 2010, o maior acordo anunciado até agora foi o de US$ 21 bilhões entre a fabricante de açucar e etanol Cosan e a Shell, em linha com a estratégia brasileira de tornar o etanol uma commodity global através do sistema de varejo e distribuição de combustível da Shell.

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Já as gigantes do setor cimenteiro Votorantim e Camargo Corrêa recentemente compraram fatia na portuguesa Cimpor, enquanto a siderúrgica CSN fez uma proposta pelo controle da Cimpor no final do ano passado.

 

Banco de investimento

 

O Credit Suisse coordenou a maioria dos acordos de fusão e aquisição de 2009 no Brasil, ajudando na realização de um total de 44,6 bilhões de reais em transações, segundo a Anbima.

 

Em segundo lugar ficou o JPMorgan Chase, com 40,5 bilhões de reais em acordos. Já o Bradesco BBI coordenou 40,1 bilhões de reais em operações de fusão e aquisição no ano passado.

 

(Elzio Barreto)

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