Os principais líderes financeiros do mundo devem se comprometer com um aumento de US$ 400 bilhões ou mais dos recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo duas altas autoridades do G-20 ouvidas pela Dow Jones.
Uma das autoridades disse que o G-20 já delineou o plano para reforçar o FMI, mas que uma decisão final ainda não foi tomada. Essa decisão depende basicamente da China. "É mais uma questão de 'quando', não 'se' a China vai contribuir", afirmou.
Os ministros do G-20 vão se reunir com o FMI para discutir a questão dos novos aportes hoje. Mas segundo uma das fontes, ainda pode levar dias ou semanas para a China anunciar uma decisão formal. De acordo com essa autoridade, os chineses estão irritados com a maneira como o processo está sendo apresentado. Mais cedo hoje, o vice-ministro de Finanças da China, Zhu Guangyao, afirmou que o país ainda não tomou uma decisão sobre a concessão de novos recursos para o FMI.
O Japão, que tem um longo histórico de tensões políticas com a China, aumentou a pressão sobre o vizinho, ao anunciar esta semana que vai emprestar US$ 60 bilhões ao FMI. Além disso, os chineses estão atrelando a concessão de novos recursos a uma reforma na governança da instituição. Tanto a China como outras potências emergentes têm expressado desapontamento com a Europa, que não teria elevado seus próprios fundos de resgate de maneira suficiente.
Ainda assim, a expectativa é que a China pelo menos iguale a contribuição do Japão. O Brasil também deve se comprometer a ajuda, de acordo com uma segunda fonte do G-20. O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, afirmou que uma decisão do grupo BRIC (formado por Brasil, Rússia, Índia e China) pode sair hoje.
Outra fonte afirma que o G-20 pode se comprometer com a quantia de US$ 400 bilhões hoje, sabendo que a China deve revelar sua participação depois, possivelmente na reunião de cúpula do G-20 em junho. As informações são da Dow Jones.