PUBLICIDADE

Geração de empregos de janeiro a abril tem queda de 28%

Nos primeiros quatro meses do ano, foram criadas 503 mil novas vagas, ante 702 mil no mesmo período de 2012 

Por Iuri Dantas
Atualização:

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, anuncia nesta terça-feira uma queda de 28% na geração de vagas formais de trabalho neste ano, em relação ao ano passado. Em abril, foram criados 196.913 empregos com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Mesmo assim, o resultado foi comemorado pela presidente Dilma Rousseff, que celebrou os mais de 4 milhões de empregos formais durante seus quase dois anos e meio de governo, apesar da crise financeira global.

PUBLICIDADE

"No meu governo, nós já criamos mais de 4 milhões de novos empregos, todos com carteira assinada. Chegamos a essa marca histórica agora, no mês passado, em abril, quando foram gerados quase 200 mil novos postos de trabalho", afirmou Dilma no programa de rádio semanal "Café com a Presidenta". "O número é extraordinário e a sua importância fica ainda maior quando comparamos a nossa situação com a dos países desenvolvidos, em especial os países da Europa, onde o desemprego (...) tem crescido para níveis estratosféricos."

De janeiro a abril, as empresas contrataram 502.981 pessoas a mais do que demitiram, resultando em um saldo menor do que os 702.059 acumulados de janeiro a abril do ano passado. Apesar da redução, a geração de vagas vem sendo tratada no governo como o último ponto de resistência da economia.

Há duas semanas, por exemplo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em palestra a deputados do PT que a criação de empregos era tão ou mais importante que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Serviços. De acordo com o programa de rádio da presidente, "quase metade" dos 4,193 milhões de empregos formais gerados desde janeiro de 2011, quando ela chegou ao Palácio do Planalto, foi no setor de serviços.

Diante das dificuldades de competição com importados mais baratos, durante a crise financeira, a indústria respondeu com 470 mil postos formais, segundo Dilma.

"Esse crescimento do emprego está ocorrendo em várias atividades, como, por exemplo, a indústria têxtil, a indústria química, a indústria de alimentos e a indústria que produz, por exemplo, material de transporte", afirmou a presidente durante o programa de rádio. "Se a indústria contrata novos trabalhadores (...) é porque ela está aumentando a produção."

Publicidade

Outro exemplo do impulso governamental na geração de empregos citado pela presidente foram as compras estatais. "Essas compras que o governo federal faz (...) melhoram a vida da população e também ajudam a aquecer a produção da indústria e isso gera emprego, necessariamente."  

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.