A General Motors teve o maior prejuízo da sua história no terceiro trimestre, resultado de uma provisão de 39 bilhões de dólares relativos a créditos fiscais não reclamados e a perdas na antiga subsidiária financeira, a GMAC. A maior montadora norte-americana divulgou nesta quarta-feira prejuízo líquido de 39 bilhões de dólares, ou 68,85 dólares por ação, comparado com a perda de 147 milhões de dólares ou 0,26 dólar por ação um ano antes. A receita total caiu para 43,8 bilhões de dólares, frente a 48,9 bilhões de dólares na comparação anual. Excluindo itens extraordinários, a GM teve prejuízo líquido de 1,6 bilhão de dólares ou 2,80 dólares por ação. Mesmo excluindo a enorme provisão, o resultado da montadora foi pior do que esperavam analistas. A expectativa era de um lucro ajustado de 0,36 dólar por ação, de acordo com a Reuters Estimates. O presidente-executivo da GM, Rick Wagoner, disse que a provisão não reflete as perspectivas da montadora. Em entrevista à CNBC, ele afirmou que as vendas de automóveis não serão robustas nos próximos trimestres, mas também não espera um desastre. As condições econômicas nos EUA continuam "desafiadoras", na avaliação dele. Segundo a GM, a unidade de automóveis teve melhora no trimestre. Globalmente, o lucro da unidade foi de 122 milhões de dólares, em comparação com perda de 455 milhões de dólares no mesmo período do ano passado. O vice-presidente de Finanças da empresa, Fritz Henderson, reconheceu que as mudanças nas operações na área de automóveis foram "insatisfatórias". Ele afirmou que a crise no setor imobiliário já teve efeitos sobre as vendas de carros e caminhões no mercado norte-americano. As ações da empresa caíam 7 por cento antes da abertura dos negócios em Nova York, cotadas a 33,50 dólares.