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GM terá alto custo para fechar fábrica em Bochum--líder sindical

Por ANDREAS CREMER
Atualização:

Líderes trabalhistas da montadora de carros europeia Opel alertaram a matriz General Motors que fechar uma de suas mais antigas fábricas na Alemanha seria muito custoso e prejudicaria a imagem da companhia. "Isso custará bilhões à GM", afirmou Rainer Einenkel, chefe do conselho de trabalhadores da fábrica de Bochum em uma coletiva de imprensa neste sábado, após um encontro na prefeitura da cidade. A GM, que está pressionando a Opel a baixar custos transferindo sua produção da Europa Ocidental, onde os salários são maiores, para mercados emergentes, pode ter que arcar com grandes despesas de indenizações e procedimentos legais, afirmou Einenkel. Fechar Bochum, uma fábrica no coração industrial de Ruhr e que produz carros há 50 anos também pode danificar a marca Opel, afirmou Einenkel, que faz parte do conselho supervisor da montadora. O conselho, que tem 20 membros, reuniu-se na última quarta-feira para discutir maneiras de fazer a Opel ser lucrativa, mas suspendeu conversas sem acordo sobre os passos da reestruturação da companhia. A fábrica de Bochum surgiu como um símbolo da recuperação econômica da Alemanha no pós-Segunda Guerra após ter iniciado a produção do Opel Kadett coupe, um rival para o Beetle, da Volkswagen, em uma região devastada pelo fechamento das minas de carvão. Os 3.100 funcionários da unidade fabricam a Zafira e o Astra, com capacidade para produzir 160 mil veículos por ano, de acordo com o website da companhia. Embora a General Motors tenha prometido não fechar fábricas antes do final de 2014, Einenkel afirmou que exigências da GM estão centradas no fechamento de duas ou três linhas de produção. "Nenhuma fábrica está a salvo", disse. Analistas dizem que as fábricas de Bochum, oeste da Alemanha, e Porto Ellesmere, no noroeste da Grã-Bretanha, são as mais ameaçadas.

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