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Governo amplia crédito para agricultura familiar em 16,7%

Ao todo, R$ 21 bilhões serão destinados para a safra 2012/2013; Dilma ressalta que taxas de juros menores, entre 1,5% e 3,5%, são negativas, pois estão abaixo da inflação

Por Anne Warth , Venilson Ferreira , Rafael Moraes Moura e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT/RS), disse nesta quinta-feira, 6, que o montante de crédito do Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/13 terá um crescimento de 16,7% em relação à safra passada e atingirá R$ 21 bilhões. Vargas lembra que o valor é 290% superior aos R$ 5,4 bilhões destinados ao financiamento da agricultura familiar há dez anos, quando foi lançado o primeiro plano, no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O ministro lembrou que as taxas de juros da agricultura familiar se mantêm negativas, abaixo da inflação. O mesmo foi ressaltado pela presidente Dilma Rousseff. As taxas para investimento variam de 0,5% a 2% ao ano e, no caso do custeio, de 1,5% a 3,5% ao ano. Ele observa que até o ano passado o limite do custeio era de 4%. "O agricultor pode comprar um trator ou qualquer equipamento e pagar juros de 2% ao ano, com 10 anos para quitar o financiamento", diz Vargas, citando que nos últimos quatro anos o Programa Mais Alimentos financiou a compra de 10 a 12 mil tratores por ano.

Segundo Pepe Vargas, a agricultura familiar tem um papel importante no desenvolvimento econômico e social, pois representa 84% dos estabelecimentos rurais existentes no País e responde por 24% da área agrícola. Segundo ele, os agricultores familiares são responsáveis por 33% do PIB agropecuário, que, por sua vez, corresponde a 1/3 do PIB brasileiro, além de ocupar 74% da mão de obra empregada no campo.

Limite ampliado No lançamento do Plano, o ministro Pepe Vargas anunciou o aumento no limite para enquadramento dos agricultores no programa, que passa para R$ 360 mil. No caso do custeio, o limite de financiamento subiu de 80 mil para R$ 100 mil, com taxa de juros de 3,5% ao ano. No caso do crédito de investimento, o limite de operação passou de R$ 130 mil para R$ 150 mil, sendo que no caso das operações da avicultura, suinocultura e cultivo protegido (estufas) o teto dos financiamentos será de R$ 300 mil por agricultor. No caso da associação de produtores para compra de equipamentos o limite passa de R$ 500 mil para R$ 750 mil. Outro destaque é o financiamento para as agroindústrias das cooperativas da agricultura, cujo limite no ano passado havia crescido de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões e agora passa para R$ 35 milhões.

Agência

A presidente Dilma assinou hoje uma mensagem ao Congresso que cria a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural.

 

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