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Governo anuncia medidas para evitar racionamento de energia

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Por Redação
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O governo decidiu tomar medidas para evitar um eventual risco de racionamento de energia elétrica no Brasil, colocando imediatamente em operação no Sudeste usinas térmicas movidas a óleo e avaliando a possibilidade de a Petrobras reduzir o consumo próprio de gás. De acordo com o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, entrarão imediatamente em operação seis usinas a óleo na região Sudeste, gerando um total de 800 MW, com o objetivo de não comprometer os reservatórios da região. Ainda há estudos para resolver problemas de logística visando colocar em funcionamento outras usinas a óleo no Sudeste. "A preocupação do comitê é exatamente levantar todas as possibilidade de oferta de energia de forma a não comprometer o ano de 2009. Para que, mesmo que a gente evolua para um período hidrológico muito crítico, nós tenhamos segurança de suprimento para o país não só em 2008 mas também em 2009", afirmou Hubner em entrevista à imprensa após reunião de monitoramento do setor elétrico, na quinta-feira. O governo conta também com a entrada no sistema de novos campos de gás ou gasodutos que vão viabilizar o aumento de fornecimento para as termelétricas. Hubner explicou que na primeira semana de fevereiro vai se completar um gasoduto que chegará a Vitória (ES), com isso serão liberados para o Rio de Janeiro 5,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia, gerando 1.000 MW. Ao mesmo tempo, a Petrobras deverá substituir em suas refinarias o gás por óleo combustível. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquin, descartou ainda uma situação similar à de 2001, quando houve racionamento de energia no país. "Nós temos hoje um parque de termelétricas instalado que não tinha naquela época. Temos cerca de 4 mil MW que estão parados, e que a gente pode colocar para operar", explicou ele. "Em 2001 teve que haver medidas de racionamento, de limitação da demanda. Hoje, felizmente não precisamos restringir o consumo da população brasileira." Hubner descartou ainda um aumento no preço, apesar do uso de óleo para a geração de energia, o que é mais caro do que a energia produzida a partir de hidrelétricas. (Reportagem de Raymond Colitt)

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